Urgente: Esquema de prostituição dentro da Prefeitura é descoberto após investigação na vida de Victor Hugo Ribeiro

Uma testemunha que trabalhou entre os anos de 2016 a 2018, na Prefeitura, revelou em depoimento que notou que havia um esquema de prostituição dentro do Paço Municipal e que era comandado pelo ex-servidor. Segundo a testemunha, o ex-servidor quase não aparecia na Prefeitura e quando aparecia apresentava comportamento de aliciamento e gerenciamento de meninas para a prostituição.

Ainda segundo o depoimento, foi percebido o aliciamento de mulheres jovens, com o mesmo perfil: magras, morenas, maquiadas, esteticamente produzidas e, principalmente, de hipossuficiência financeira. Elas eram inseridas no programa Proinc, porém só trabalhavam uma semana e depois desapareciam e logo surgiam outras meninas. 

Casa de prostituição

O ex-servidor ainda mantinha uma casa de prostituição, onde as meninas ‘alugavam’ quartos e repassavam ao ex-servidor o valor de R$ 150 a diária mesmo não tendo programas marcados. No local, eram vendidas bebidas alcoólicas, mas as garotas não recebiam participação nas vendas – as bebidas chegavam a ser comercializadas por R$ 15 uma cerveja, por exemplo.

No local, ele ainda mantinha um quarto onde, segundo informações, dormia parte da semana. O ex-servidor fazia anúncios das garotas em um site de acompanhantes. As meninas eram responsáveis pela organização da casa que tinha uma faxineira uma vez por semana. 

Prisão e indiciamento

O ex-funcionário do município foi preso no dia 31 de agosto, após o cumprimento de mandados expedidos pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele foi indiciado no mesmo dia de sua prisão pelos crime de favorecimento à prostituição, coação no curso do processo mediante ameaça e corrupção ativa de testemunhas.

No dia de sua prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos material de campanha do candidato ao Governo Marquinhos Trad. Outros objetos como celulares foram apreendidos pela polícia. 

Em julho de 2021, ele foi exonerado. O ex-servidor foi nomeado em fevereiro de 2017, como gestor de projeto na Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos e depois atuou como gestor de projeto no gabinete do ex-prefeito até julho de 2021, quando foi exonerado.

Denúncias de assédio sexual

Após o primeiro registro feito por uma das vítimas, na Corregedoria da Polícia Civil, outras mulheres procuraram a Deam para fazer denúncias de assédio. Em coletiva no dia 26 de julho, a delegada do caso, Maíra Pacheco, afirmou que a informação de suposto pagamento feito às mulheres para registrarem denúncias não consta no inquérito.

No entanto, conforme a delegada, tudo seria investigado e caso seja provado que as mulheres tenham recebido dinheiro, elas podem responder por falso testemunho. O crime tem pena de 2 a 4 anos, além de multa.

“Mas, não diminui outras denúncias das outras vítimas que procuraram a delegacia”, disse Maíra Pacheco. Ainda segundo a delegada, sobre as denúncias de assédio sexual, em “crimes como esse, a única materialidade são os relatos das vítimas. Temos de ter respeito em um país patriarcal”.

Na época, a delegada ainda explicou que outras pessoas estavam sendo investigadas, mas não revelou por quais crimes e nem a quantidade de suspeitos. Não existe ainda previsão de quando Marquinhos Trad deve ser ouvido pela polícia.

Matéria e responsabilidade: MidiaMax https://midiamax.uol.com.br/policia/2022/video-flagrou-ex-servidor-preso-por-coacao-com-suposta-vitima-de-marquinhos-em-cartorio/

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