Justiça obriga estudante que matou corredora embriagado a pagar pensão à filha da vítima

A Justiça de Mato Grosso do Sul deu um duro golpe no estudante de medicina João Vitor Fonseca Vilela, de 22 anos, que atropelou e matou a corredora Danielle de Oliveira, de 41, em um trágico episódio que chocou Campo Grande. Nesta sexta-feira (23), o juiz Flávio Saad Peron, da 15ª Vara Cível, determinou que o jovem pague pensão mensal provisória à filha da vítima, como forma mínima de reparação.

A decisão atende a um pedido de tutela de urgência apresentado pela defesa da adolescente órfã. O valor estipulado é um salário mínimo mensal (R$ 1.518), que deverá ser pago por João Vitor até que a Justiça delibere novo posicionamento. Também foi marcada uma audiência de conciliação entre as partes, prevista para agosto.

Atropelamento bárbaro

O crime ocorreu em 15 de fevereiro, quando Danielle participava de uma corrida com um grupo esportivo na MS-010, saída para Rochedinho. Dois veículos escoltavam o grupo, mas isso não foi suficiente para impedir a tragédia causada por um motorista embriagado e irresponsável.

Ao volante de um carro em alta velocidade e realizando zigue-zagues perigosos, João Vitor tentou uma ultrapassagem e atropelou as corredoras. Danielle morreu na hora. Outra mulher que corria ao lado dela também foi atingida, sofreu escoriações e precisou de atendimento na UPA Coronel Antonino.

Cena de horror

O estudante foi contido por atletas do grupo até a chegada da polícia. Dentro do carro, foram encontradas latas e garrafas de cerveja, e João Vitor apresentava sinais visíveis de embriaguez, usava pulseira de casa noturna e recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Mesmo assim, foi lavrado o termo de constatação de embriaguez.

Preso em flagrante, ele foi denunciado por homicídio simples, tentativa de homicídio e direção sob influência de álcool – crimes previstos no Código Penal e no Código de Trânsito Brasileiro.

Da prisão ao conforto do lar

Mesmo diante da brutalidade do caso, João Vitor permaneceu preso apenas até março, quando obteve habeas corpus e voltou ao convívio da sociedade. Agora, tenta se defender da acusação enquanto a família da vítima enfrenta a dor da perda e luta por justiça.

Enquanto a defesa do estudante tenta blindá-lo das consequências, a filha de Danielle terá, ao menos, o amparo de uma pensão. Um alívio mínimo diante de uma tragédia que poderia ter sido evitada.

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