O vereador Rafael Tavares (PL) voltou a se envolver em mais uma polêmica que expõe sua postura contraditória e levanta sérias suspeitas sobre seus reais interesses. Amigo íntimo de figuras investigadas por grilagem de terras – conforme denúncia publicada pelo portal TopMídia News – e já denunciado por supostos esquemas de rachadinha envolvendo seu chefe de gabinete, Danilo Assis Azambuja, segundo o jornalista B. de Paula, Tavares agora defende a instalação de câmeras com captação de áudio dentro das salas de aula de Campo Grande.
Isso mesmo: o vereador quer vigiar alunos e professores em tempo integral, como se o ambiente escolar fosse um reality show. No entanto, quando se trata da segurança do cidadão de bem nas ruas da capital sul-mato-grossense, o tom muda completamente. Tavares se opõe à modernização do sistema de videomonitoramento no trânsito, uma ferramenta crucial para coibir furtos, roubos e a circulação de veículos ligados ao crime organizado.
A incoerência salta aos olhos: enquanto tenta justificar a vigilância escolar como “proteção às crianças”, fecha os olhos para o clamor da população que exige mais segurança no dia a dia, especialmente diante do avanço da criminalidade nas principais vias da cidade.
Vigilância seletiva?
A população de Campo Grande começa a se perguntar: por que Rafael Tavares quer filmar crianças, mas não quer câmeras filmando suspeitos em fuga ou criminosos nas ruas? Que interesses estão por trás dessa seletividade? Estaria o vereador mais preocupado em controlar a educação do que combater o crime?
Além disso, se o parlamentar tanto preza pela transparência, estaria ele disposto a instalar câmeras em seu gabinete e permitir a captação de áudio em todas as suas reuniões? Ou o cerco de vigilância só serve quando o alvo são os outros?
Servindo a quem?
Enquanto isso, a imagem de Tavares vai se consolidando como a de um político falastrão, incoerente e possivelmente alinhado com interesses escusos. Para muitos, sua atuação no Legislativo não representa os anseios da população, mas sim um jogo de cena para desviar o foco de investigações que o cercam.
Afinal, Rafael Tavares está a serviço da população de Campo Grande ou protege interesses obscuros à margem da lei?