Uma operação explosiva da Polícia Federal, batizada de Subversivos, escancarou nesta sexta-feira (25) um esquema criminoso que envolve diretamente agentes públicos do Piauí em uma série de assaltos cinematográficos contra caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal. A quadrilha, com raízes em Santa Catarina, teria encontrado nos servidores uma peça-chave para seus crimes: informação privilegiada.
De acordo com as investigações, os agentes usavam seus cargos e acesso estratégico para abrir caminho aos criminosos, facilitando arrombamentos e fugas com precisão milimétrica. O resultado foi um rastro de destruição e prejuízos milionários, principalmente no interior do Piauí — onde pelo menos cinco grandes furtos já foram confirmados — e em outros estados brasileiros.
A ofensiva da PF, que é um desdobramento da Operação Muros Baixos, cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Altos (PI).
Os envolvidos poderão responder por uma série de crimes graves, como associação criminosa, furto qualificado mediante arrombamento e corrupção passiva. Outros crimes ainda estão sob investigação.
A operação lança luz sobre um dos aspectos mais perigosos da criminalidade organizada: a infiltração no poder público. O escândalo promete novos desdobramentos nos próximos dias, com possíveis novas prisões e mais nomes de servidores vindo à tona. A pergunta que fica: quantos mais estão por trás dessa rede de corrupção e crime?