O discurso moralista do vereador Rafael Tavares (PL) cai por terra quando se observa como ele e seu gabinete operam nos bastidores. Enquanto ataca adversários por suposto uso indevido de dinheiro público, seu chefe de gabinete, Danilo Assis Azambuja, segue lucrando com verba institucional através do site MS Conservador.
A hipocrisia ficou ainda mais escancarada recentemente, quando o site de Azambuja passou a exibir uma campanha publicitária da Prefeitura de Campo Grande — a mesma gestão que Tavares vive atacando, mas que agora financia um veículo de comunicação diretamente ligado ao seu gabinete.
Documentos obtidos com exclusividade pelo Política Voz confirmam que o CNPJ do MS Conservador está registrado no nome de Danilo Azambuja. Uma consulta ao Whois também comprova que ele é o responsável pelo domínio.
Velhas práticas na Alems
As suspeitas sobre Azambuja começaram quando o MS Conservador começou a receber publicidade institucional justamente quando Rafael Tavares assumiu seu mandato de deputado estadual. Na época, Azambuja acumulava duas funções: chefe de gabinete e dono do site que lucrava com verba pública.
O detalhe mais grave? As regras da Assembleia Legislativa proíbem servidores de serem proprietários de empresas que prestam serviços ao órgão. Mesmo assim, nada foi feito para investigar o caso.
O futuro repetindo o passado?
Agora, em 2025, com Tavares ocupando uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande, o esquema parece continuar. O MS Conservador segue nas mãos de Azambuja e recebendo publicidade oficial.
Tentativa de criar a CPI da Santa Casa: investigação ou chantagem política?
Nos corredores da Câmara, Rafael Tavares agora levanta a bandeira de uma CPI para investigar a Santa Casa de Campo Grande. Mas será que sua intenção é realmente buscar transparência ou essa ofensiva esconde um jogo de interesses?
Fontes apontam que a movimentação pode ser uma tentativa de pressionar o poder público e ampliar seu domínio político e financeiro. Se antes ele já conseguiu direcionar verba pública para um site ligado ao seu gabinete, seria essa mais uma estratégia para fortalecer seus negócios?
