A Polícia Militar foi alvo de um ataque na madrugada desta segunda-feira (24), em Campo Grande, enquanto realizava a prisão de um homem acusado de perseguir, ameaçar e agredir a ex-companheira. Durante a ação, populares cercaram a viatura e arremessaram garrafas e tijolos contra os agentes, forçando a equipe a usar munição não letal para conter o tumulto.
De acordo com o registro policial, a vítima fez seis chamadas de socorro após ser perseguida pelo ex-marido. O caso começou em uma casa de festas, onde o casal teria se desentendido. Após o desentendimento, o agressor passou a persegui-la, obrigando-a a buscar abrigo na casa de familiares dele.
A mãe e a irmã do acusado aconselharam a vítima a voltar para casa, mas o homem continuou a perseguição. Já na residência dela, ele se exaltou ainda mais, empurrando a mulher, quebrando objetos e ameaçando matá-la. Em um momento de fúria, o agressor deu um soco em um vidro, causando um corte profundo no braço direito.
Enquanto os policiais conversavam com a vítima, o homem saiu da casa e seguiu com as agressões verbais, chamando a mulher de “vagabunda” e “filha da p*”. Além disso, ele ameaçou matá-la na frente dos policiais e afirmou que também mataria os agentes.
Diante da gravidade da situação, os militares deram voz de prisão ao acusado, mas ele reagiu e fugiu, pulando muros. Durante a perseguição, ele entrou na casa de um parente, onde o irmão tentou impedir a ação da PM, empurrando os policiais. Com o apoio de outra equipe, o local foi cercado e o agressor, finalmente, detido.
No entanto, no momento da prisão, populares cercaram as viaturas e passaram a lançar garrafas de vidro e tijolos contra os policiais. Para dispersar os envolvidos e garantir a segurança da equipe, os militares precisaram utilizar tiros de elastômero e uma granada de luz e som.
O agressor e a vítima foram encaminhados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para as providências cabíveis. O caso segue em investigação.