Advogado ligado a Fábio Trad, que tenta dar tapetão contra procuradora, já prejudicou a saúde de pacientes no interior de MS

A polêmica em torno do advogado Orlando Fruguli Moreira não é recente. Além de liderar uma ação para tentar afastar a procuradora-geral de Campo Grande, Cecília Rizkallah, ele já esteve envolvido em outra polêmica que afetou diretamente a saúde da população.

Em 2022, Orlando moveu uma ação popular que resultou na suspensão da contratação de médicos especialistas nas áreas de cardiologia, ortopedia, ginecologia e pediatria no município de Camapuã. A decisão, acatada pelo juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, foi publicada no dia 19 de agosto de 2022 e gerou transtornos para a prefeitura e para os pacientes da cidade.

Justiça usada como vingança?

O que poucos sabem é que a ação movida por Orlando pode ter sido motivada por interesses pessoais. Enquanto publicamente alegava ilegalidade na contratação dos médicos, nos bastidores ele já havia sido demitido por justa causa pela Prefeitura de Camapuã, conforme publicado no Diário Oficial do município no dia 8 de agosto de 2022 (Decreto P/Nº 076/2022).

Nomeado em 2017, após aprovação em concurso público, Orlando acumulou polêmicas ao longo dos anos. Registros oficiais da Assomasul e do Tribunal de Justiça de MS mostram que ele respondeu a dois Processos Administrativos Disciplinares (PADs) entre 2017 e 2022.

Entre os motivos que levaram às sindicâncias estão:

Insubordinação

Perda de prazos judiciais

Manifestações fora do contexto processual expondo atos internos da administração

Encaminhamento de ofícios questionando a estrutura administrativa

Denúncias aleatórias a órgãos dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário

Mesmo com esse histórico, Orlando Fruguli Moreira conseguiu se manter no cargo até sua exoneração, o que levanta suspeitas sobre seu real interesse em suspender as contratações de médicos essenciais para a população.

Pacientes sem atendimento e sem medicamentos

A decisão judicial impactou diretamente a população, deixando centenas de pacientes sem atendimento especializado. O prefeito do município, Manoel Nery, lamentou a suspensão e explicou que o procedimento de contratação seguiu todas as normas legais, com o único objetivo de garantir atendimento médico à população.

Uma fonte que preferiu não se identificar por temer represálias de Orlando Fruguli afirmou ao Política Voz que, após a decisão judicial em 2022, não conseguiu mais acesso ao medicamento essencial para sua filha, que depende do remédio de uso contínuo.

Além disso, a mesma fonte relatou que também ficou sem acesso ao atendimento especializado que a filha necessitava, pois os médicos que prestavam esse serviço foram descredenciados após a ação movida por Orlando.

“Meu medo é falar e ele me perseguir também, mas depois que essa decisão saiu, não consegui o remédio da minha filha e também perdi o atendimento especializado que ela precisava. Era algo que vinha regularmente e depois acabou. E quem sofre é quem realmente precisa”, desabafou.

Coincidência ou jogo político?

As novas informações reforçam as dúvidas sobre as reais intenções do advogado Orlando Fruguli Moreira, que já demonstrou perseguir a administração pública quando seus interesses são contrariados.

Agora, ele reaparece no cenário jurídico, desta vez para tentar derrubar a procuradora-geral Cecília Rizkallah com uma ação seletiva que nunca foi aplicada contra outros procuradores-gerais não concursados das gestões passadas.

A pergunta que fica é: quem realmente se beneficia dessas ações movidas por Orlando Fruguli?

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