Morre Karina, baleada pelo ex em Caarapó

Karina Corim, baleada pelo ex-companheiro Renan Dantas, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta terça-feira (4), no Hospital da Vida, em Dourados (MS). Ela estava internada em estado gravíssimo desde sábado (1º), após ser vítima de uma tentativa de feminicídio, que agora se confirmou, em uma loja de celulares na Avenida XV de Novembro, em Caarapó, a 373 km de Campo Grande.

O crime

Karina e sua amiga, Aline Rodrigues, de 30 anos, estavam dentro da loja de celulares de propriedade de Karina, quando Renan entrou no local e atirou contra as duas. Em seguida, ele retirou um recipiente com combustível da mochila, ateou fogo na loja e, por fim, se trancou no banheiro, onde disparou contra si mesmo.

Renan chegou a ser socorrido, mas morreu pouco depois no hospital. Já Karina, que foi atingida por disparos no tórax e na cabeça, permaneceu internada em coma, respirando com ajuda de aparelhos na UTI do Hospital da Vida. Seu estado era considerado irreversível, e, nesta madrugada, ela não resistiu e faleceu.

Ciúme doentio e histórico de violência

As investigações apontam que Karina e Renan tiveram um relacionamento de dois anos, período em que trabalharam juntos, mas recentemente estavam passando por um término conturbado.

Amigos do casal descreveram Renan como extremamente possessivo, a ponto de impedir Karina de manter amizades. Após o fim do relacionamento, ele chegou a matar o gato da vítima como forma de intimidação.

Na noite da sexta-feira (31), Karina solicitou medidas protetivas de urgência, mas não houve tempo hábil para que Renan fosse intimado.

A investigação também revelou que a arma utilizada no crime pertencia ao pai de Renan, que é policial militar. A polícia agora apura como ele teve acesso ao armamento.

Investigação em andamento

Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros prestaram os primeiros atendimentos às vítimas no dia do crime. Já a Polícia Civil e a Polícia Científica realizaram perícias no local, apreendendo a arma do crime, munições e demais vestígios.

O caso segue sob investigação, e autoridades reforçam a necessidade de ações mais rápidas para proteger vítimas de violência doméstica e feminicídio.

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