Na noite de quinta-feira (30), Leonardo Diego Fagundes Lourenço, de 35 anos, conhecido como “Buguinho”, morreu após atacar policiais durante uma operação na Vila Nhanhá, em Campo Grande (MS). Ele possuía um extenso histórico criminal, com mais de 100 passagens pela polícia, e havia sido condenado em abril de 2023 pelo homicídio de Eder Benites Calil, o “Magrão”.
Confronto com a polícia
Durante a ação policial, agentes avistaram um grupo correndo para dentro de uma residência. Um dos indivíduos arremessou um objeto no chão, enquanto Leonardo se recusou a obedecer à ordem de abordagem. Armado com uma faca, ele avançou contra um dos policiais, que reagiu disparando contra o agressor.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas Leonardo não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Histórico criminal e condenações
Leonardo acumulava diversas condenações e passagens pela polícia, sendo considerado multirreincidente.
• Homicídio (2022): Em setembro de 2022, matou Eder Benites Calil, conhecido como “Magrão”, na Avenida das Bandeiras, durante uma briga relacionada ao uso de drogas. A vítima foi esfaqueada, tentou fugir pedindo socorro, mas caiu e morreu a poucos metros do local do crime.
• Condenação por homicídio: Em abril de 2023, foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de Magrão. O Conselho de Sentença considerou seu histórico criminal extenso, incluindo condenações por furtos qualificados, tentativa de homicídio, receptação e lesão corporal grave.
• Tentativa de homicídio (2019): Atacou um homem com uma facada no abdômen, no bairro Guanandi.
• Roubo e agressão (2017): Junto com dois comparsas, roubou e agrediu violentamente uma vítima com pauladas, no bairro Coafama, na região da Vila Taquarussu. A vítima ficou hospitalizada devido à gravidade dos ferimentos.
• Furtos e receptação: Acumulava diversas passagens por furtos de veículos e motocicletas, além de crimes de receptação.
Leonardo negava envolvimento no homicídio de Magrão
Durante o julgamento pelo assassinato de Eder Benites Calil, Leonardo negou envolvimento no crime. “Não conheço essa pessoa e não fui eu quem a matou. Também não sei quem foi”, afirmou durante o julgamento. Ele alegou que estava em um supermercado na Avenida Manoel da Costa Lima, próximo à 5ª Delegacia de Polícia, quando o crime ocorreu na Rua Texaco, no cruzamento com a Avenida das Bandeiras.
No entanto, o depoimento de Leonardo foi contradito pelo investigador Alan Carlos da Silva, do GOI (Grupo de Operações e Investigações). O policial, testemunha do caso, afirmou que Leonardo havia admitido previamente que teve uma discussão com Magrão antes do homicídio. Segundo o investigador, a vítima teria agredido Leonardo a pedradas dias antes de ser morta.
Execução do crime registrada por câmeras
Câmeras de segurança registraram o momento em que Magrão, já ferido, caiu e morreu na frente de um pet shop, no cruzamento da Avenida das Bandeiras com a Rua Texaco. As imagens mostram que ele tentou correr após ser esfaqueado, mas caiu poucos metros depois.
A Polícia Militar recolheu, próximo ao local do crime, duas pedras com sangue, uma faca torta e o tênis da vítima.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou ao local, a vítima já estava sem vida. Comerciantes da região informaram que nunca tinham visto Magrão pelo bairro antes e que não ouviram gritos ou pedidos de socorro antes de ele cair na calçada.
O caso de Leonardo Diego Fagundes Lourenço é mais um exemplo de um criminoso reincidente que continuava a representar risco para a segurança pública. Sua morte em confronto com a polícia encerra um longo histórico de crimes violentos, deixando um rastro de vítimas e condenações ao longo dos anos.