Folia de 4 dias na Esplanada é garantida por 10 bloquinhos, que levam festança também pelos bairros

Festa na região central está marcada para acontecer entre os dias 18 e 21 de fevereiro, com atrações que rolam por 12 dias em toda Campo Grande

Depois de levar 80 mil foliões para pular o carnaval em Campo Grande em 2020, o grupo independente que une blocos e cordões já organizou a festança de rua para, além da tradicional celebração na Esplanada Ferroviária, passar a folia por diversos bairros da Capital, entre os dias 10 e 21 de fevereiro. 

Por duas semanas, o campo-grandense poderá conferir a festa dos 10 blocos independentes, sendo: 

  • Bonde das Sereias
  • Evoé Baco
  • Subaquera 
  • FaroFolia
  • Farofa com Dendê
  • Devassa
  • Cordão Valu
  • Capivara Blasè
  • Calcinha molhada
  • Bloco sujo do Rockers
  • Bloco Língua Preta

“Os blocos de carnaval de Campo Grande nunca receberam recursos, o que nós sempre recebemos foi estrutura. Por isso estamos nos organizando para também recebermos algum repasse, mas isso só para o ano que vem”, comenta Silvana Valu, responsável pelo Cordão que leva seu sobrenome e já teve até bar em Campo Grande. 

Ainda na segunda-feira (23), no Ponto Bar – localizado na Esplanada Ferroviária – os representantes se reuniram para organizar a folia, e cobrar justamente as estruturas citadas por Silvana, tanto da Secretaria de Cultura e Turismo de Campo Grande (Sectur), quanto da Fundação de Cultura (FCMS), através de ofício. 

Nos próximos dias, o grupo deve lançar o roteiro das apresentações dos blocos de carnaval pelos bairros de Campo Grande. 

Já na Esplanada, o Cordão Valu promove a festa sábado (18) e na terça (21) de Carnaval, enquanto o Capivara Blasè agenda sua folia para o domingo (19) e segunda (20).  

Festa consolidada

Silvana expõe o número de 80 mil foliões, levados às ruas de Campo Grande em 2021, como símbolo de que o carnaval de blocos de rua já é uma realidade inegável. 

“Somos em número de foliões na rua, o segundo maior carnaval do Centro Oeste, perdemos apenas para Brasília, que tem um carnaval de rua muito forte e também é uma cidade muito maior que a nossa”, comenta ela.

Ainda, a coordenadora do Cordão Valu cita que o que falta para o Carnaval de blocos, é justamente que o poder público contemple, reconheça e valorize as diversas ações que acontecem pelo Estado, não só os de maior expressividade, sendo que os benefícios podem ser maiores para Mato Grosso do Sul do que os possíveis ônus.

“E também dos setores de turismo e comércio de CG abraçarem essa ideia, de entender que o nosso carnaval é grande, que contribui para o fortalecimento do turismo, rede hoteleira, transporte, alimentos, bebidas, fantasias, tecidos, enfim… uma variedade de setores econômicos que estão sendo beneficiados com o grandioso carnaval que estamos fazendo pra nossa cidade”, afirma. 

Pesquisa feita pela Sectur e Fecomércio, em 2017, conforme a carnavalesca, o carnaval gerou R$ 45 milhões durante cinco dias de festa, sendo analisados apenas produtos e serviços para o carnaval. 

“Isso em 2017. Esse ano vamos começar a festa no dia 10 e vamos até o dia 21 fevereiro, imagina o quanto de emprego vamos gerar e o quanto de lucro daremos para cidade. É isso que falta, esse entendimento da grandiosidade do carnaval que fazemos na capital”, finaliza ela. 

Correio do Estado

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