Justiça mantém preso ex-PM pego com maconha e ecstasy em caminhonete furtada 

A Justiça decidiu manter a prisão do ex-policial militar Kleber Barbosa Beraldo, que foi flagrado na sexta-feira (12) em Campo Grande com uma grande quantidade de drogas: 346 quilos de maconha, 650 comprimidos de ecstasy, 2,5 kg de cocaína e munições.

A prisão em flagrante foi convertida em preventiva durante a audiência de custódia no domingo (14). O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior também ordenou a incineração da droga apreendida e o afastamento do sigilo dos dados do celular do suspeito.

O juiz ressaltou que existem indícios de possível associação para o tráfico de drogas, levando em conta os fatos apresentados no inquérito policial. Ele destacou a necessidade de novas investigações para identificar a participação de outras pessoas na associação criminosa, justificando a manutenção da prisão cautelar de Kleber para assegurar a continuidade das apurações.

Na delegacia, Kleber optou por permanecer em silêncio, exceto para afirmar que já havia sido preso anteriormente e que atualmente trabalhava em uma funilaria automotiva.

A prisão foi realizada pela equipe da Denar (Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos), que recebeu uma denúncia sobre uma Toyota SW4 prata supostamente carregada de drogas. O veículo foi encontrado em uma oficina mecânica que também funciona como lava-jato. Ao verificar o carro, os policiais descobriram nove fardos de maconha.

Testemunhas informaram que Kleber estava dormindo em um quarto do local. Quando abordado, ele confessou ter sido afastado da polícia por seu envolvimento em um sequestro. Ele alegou ainda, sem apresentar documentação, que possuía licença de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) para a posse de armas, afirmando que as munições encontradas em sua casa eram para uso pessoal.

Na busca, a polícia localizou no guarda-roupa cerca de 650 comprimidos de ecstasy, 30 munições de fuzil calibre 762, além de porções de maconha, crack e dois tabletes de substância semelhante à cocaína. A perícia inicial revelou que as placas da caminhonete eram falsas, e o veículo adulterado correspondia a um SW4 furtado em São Paulo.

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