O ex-candidato a governador em 2022, Magno de Souza, agora está na corrida para se tornar vereador em Dourados pelo PCO. De acordo com o partido, Magno liderará a chapa de vereadores nas eleições de 2024 no município, que fica a 230 quilômetros de Campo Grande.
O partido também confirmou que terá pré-candidatos às prefeituras de Dourados e Amambai. Em Dourados, o escolhido é Valderi Garcia, que é membro do acampamento indígena Ava Eté. Já em Amambai, o pré-candidato é Daniel Lemes Vasque, uma liderança reconhecida da Aty Guasu e representante dos Guarani Kaiowás no Conselho Nacional Indígena (CNI). Daniel já foi candidato a deputado estadual pelo PT. “Hoje, no Mato Grosso do Sul, o PCO é um partido de indígenas”, declarou o pré-candidato.
Em Amambai, a chapa de vereadores contará com Josiel Machado, que também faz parte da Aty Guasu e integra o CNI. Josiel se destacou ao denunciar o genocídio e a militarização no Brasil durante um evento da ONU.
“O PCO decidiu fortalecer sua identidade com a luta indígena no Mato Grosso do Sul e lançar chapas com candidatos a prefeitos nas duas cidades. Ambos os pré-candidatos são moradores de áreas de retomadas”, afirmou o partido em uma nota.
Além disso, o PCO opera com sete diretórios em todo o Estado, cinco deles em áreas de retomada: Tacuru, Naviraí, Douradina, Amambai e Dourados. Com exceção de Dourados, esses diretórios são formados exclusivamente por indígenas.
Magno de Souza é sobrinho de Marçal de Souza, uma importante liderança Guarani Ñandeva, assassinado em 1983 por um latifundiário que não aceitava a mobilização dos povos indígenas pela retomada de terras. No Brasil, Marçal é uma das figuras mais proeminentes na luta pela demarcação dos territórios dos povos originários.
