A Câmara de Vereadores de Campo Grande decidiu arquivar os dois pedidos de cassação do vereador Claudinho Serra (PSDB), que passou 23 dias preso por conta da Operação Tromper. Serra foi libertado no dia 26 de abril, mas com a obrigação de usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas cautelares.
As acusações contra ele são de um esquema de corrupção enquanto era secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica em Sidrolândia, durante a administração de sua sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP).
Os pedidos de cassação vieram de duas frentes: um de um eleitor e outro de um grupo de nove integrantes do Partido Novo, ambos por quebra de decoro parlamentar. Porém, a Câmara não aceitou as justificativas e arquivou os pedidos na última quarta-feira, dia 20.
“O argumento é que os fatos apresentados no pedido de cassação ocorreram antes de ele assumir como vereador. Portanto, não houve quebra de decoro. Com isso, os pedidos foram arquivados. O presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), decidiu ontem com base no parecer da procuradoria”, explicou Gustavo Lazzari, procurador-geral da Câmara Municipal de Campo Grande.
Depois de ser solto, Claudinho Serra apresentou um atestado médico alegando “abalo psicológico” e, em seguida, solicitou um afastamento de 120 dias para tratar de assuntos pessoais. Com isso, ele deve ficar fora das atividades na Câmara até setembro, apenas um mês antes das eleições.