Douglas Figueiredo, pré-candidato do PSDB à prefeitura de Anastácio, a 137 km de Campo Grande, está enfrentando acusações de improbidade administrativa e teve bens no valor de R$ 639.194,17 bloqueados por ordem do juiz Luciano Pedro Beladelli, da 1ª Vara de Anastácio.
A denúncia veio do Ministério Público, respaldada por uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), que revelou práticas de improbidade administrativa durante o mandato de Figueiredo como prefeito em 2015. As acusações são graves: permitir ou facilitar compras e locações acima do preço de mercado, autorizar despesas não previstas em lei e fechar contratos de serviços públicos sem seguir as formalidades legais.
O Ministério Público destacou 17 irregularidades apontadas pelo TCE-MS, entre elas, o pagamento ilegal de 13º salário para prefeito e vice, a compra de passagens aéreas sem licitação e a realização de compras diretas sem os devidos procedimentos administrativos. Tudo isso, segundo o MP, mostra a intenção clara de Douglas em violar seus deveres e causar danos aos cofres públicos.
Tentamos contato com Douglas Figueiredo para ouvir seu lado, mas nossas ligações não foram atendidas. O espaço segue aberto para ele se manifestar.
Além dessas acusações, Figueiredo também está envolvido em uma investigação sobre a morte do ex-vereador Dinho Vital, durante a qual chegou a ser preso. Na época, ele afirmou que a operação em sua casa foi conduzida de forma arbitrária, visando desmoralizá-lo e inviabilizar sua candidatura, e atribuiu a ação a motivações políticas, citando seu bom desempenho nas pesquisas eleitorais.
Essa prisão foi parte de uma operação do Gaeco, que investiga a morte de Dinho Vital, ocorrida em um suposto confronto com a Polícia Militar após uma festa na cidade.