O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu ao trio na manifestação que convocou para a Avenida Paulista neste domingo (25) exibindo a bandeira de Israel.
Entre os manifestantes, também era possível identificar bandeiras do país do Oriente Médio. Nos arredores, os artigos eram vendidos junto com itens do Brasil.
A exibição da bandeira israelense no ato pró-Bolsonaro acontece em meio à tensão entre Brasil e Israel, provocada por uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a situação na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, durante uma entrevista coletiva na Etiópia.
Após críticas de diversas autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Lula foi declarado persona non grata no país até que se retrate pelas declarações.
Na semana passada, o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, informou à CNN que o atual mandatário não pediria desculpas por criticar o genocídio em Gaza.
Em entrevista à CBN Recife, na última quarta-feira (21), Bolsonaro criticou as declarações.
“Uma fala criminosa. Não é infeliz, não. É criminosa, que ofendeu não apenas os judeus, ofendeu a humanidade. O que aconteceu na Segunda Guerra, com a eliminação em câmaras de gás de judeus, não existe na história do mundo. E o Lula compara o Exército de Israel com os nazistas. Chocou o mundo”, disse.
Também participam do ato diversos aliados de Bolsonaro, como parlamentares e governadores. Estão presentes, por exemplo, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu o evento e fez uma oração em cima de um trio elétrico
Valdemar comparece
Apesar de orientado a não comparecer no ato na Avenida Paulista neste domingo (25), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, marcou presença na manifestação de olho nos dividendos políticos com bolsonaristas.
Proibido de manter contato com Jair Bolsonaro, Valdemar chegou ao trio elétrico antes do ex-presidente.
Na avaliação de pessoas próximas a Valdemar, a ida dele ao ato é ótimo politicamente. Porém, pode aumentar o que consideram uma “perseguição jurídica” contra o presidente do PL.
“Vim aqui só pra falar pra vocês que vocês transformaram o PL no maior partido do Brasil, disse Valdemar.