Operação Tromper volta às ruas, prende trio e expõe corrupção de R$ 20 milhões em obras públicas de MS

BOPE, Choque e Força Tática cercam alvos que, mesmo sob investigação e medidas judiciais, teriam mantido a engrenagem de propinas e lavagem de dinheiro ativa.

Uma nova etapa da Operação Tromper escancarou, nesta quinta-feira (5), a persistência de um esquema bilionário que sangra os cofres públicos sul-matogrossenses. Atendendo a pedidos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), equipes do BOPE, Batalhão de Choque, Força Tática da Polícia Militar e a assessoria militar do órgão cumpriram três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em endereços ligados a empresas de engenharia e pavimentação asfáltica.

Segundo o MP, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 20 milhões em contratos públicos — e não recuou nem depois das fases anteriores da investigação. Mesmo monitorados e sob medidas cautelares, os envolvidos teriam continuado a fraudar licitações, pagar propina a agentes públicos e esconder a origem ilícita do dinheiro, num robusto esquema de lavagem de capitais.

“As novas diligências são essenciais para robustecer as denúncias já protocoladas e ampliar o alcance das apurações”, reforçou, em nota, a força-tarefa do MPMS.

Os nomes dos detidos permanecem sob sigilo, mas o órgão confirma que todos têm ligação direta com os contratos investigados. Documentos, computadores e celulares apreendidos agora passam por varredura — material que pode revelar personagens inéditos ou reforçar indícios contra velhos conhecidos do esquema.

Nos bastidores, investigadores descrevem esta etapa como “o golpe mais duro” no grupo desde a primeira investida da Tromper. A análise do que foi recolhido hoje deve pautar novas denúncias e, possivelmente, pedidos adicionais de bloqueio de bens.

Enquanto a varredura avança, o recado público é claro: o cerco aperta para quem transformou obras de asfalto num pedágio clandestino de propinas, insistindo no crime mesmo sob a mira da Justiça.

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