Claudinho Serra volta para a cadeia como chefe de esquema milionário em Sidrolândia — mesmo com tornozeleira, fraude não parou

Nem a tornozeleira eletrônica foi capaz de conter a ousadia do ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Sidrolândia, Claudinho Serra (PSDB). Apontado como o verdadeiro “cabeça” de um esquema de corrupção que sangrou os cofres públicos da Prefeitura de Sidrolândia, Claudinho foi preso mais uma vez nesta quinta-feira (5), alvo da 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gaeco e Gecoc.

As equipes cumpriram mandado de prisão preventiva no apartamento de luxo do político, no Jardim dos Estados, em Campo Grande. Mesmo sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, ele teria continuado comandando, nos bastidores, uma teia de fraudes milionárias. O Ministério Público identificou que a organização criminosa liderada por ele nunca parou de operar, mesmo após as fases anteriores da operação.

A nova fase da investigação revela que Claudinho, mesmo fora da gestão, continuava manipulando contratos e licitações com empresas ligadas à pavimentação asfáltica e engenharia civil. Os contratos sob suspeita somam mais de R$ 20 milhões, com fortes indícios de propinas milionárias, superfaturamento e lavagem de dinheiro.

Luxo, tornozeleira e impunidade

Alvo de prisão pela segunda vez em pouco mais de um ano — a primeira foi em abril de 2024 — Claudinho vivia em alto padrão, enquanto seguia sendo monitorado pela Justiça. O símbolo do escárnio? A tornozeleira no pé de quem, segundo o MP, jamais deixou de fraudar os cofres públicos.

O advogado de defesa, Tiago Bunning, alegou surpresa e afirmou que não houve violação na tornozeleira nem novos crimes. “Muito me espanta, depois de 14 meses, uma nova prisão”, declarou, tentando minimizar o escândalo. Mas os promotores foram categóricos: a quadrilha jamais parou de operar.

O rastro da corrupção: propinas e contratos sujos

De acordo com o MPMS, a quadrilha comandada por Claudinho manteve atuação mesmo com prisões, medidas cautelares e holofotes da Justiça sobre o esquema. Os contratos investigados envolvem valores altíssimos e empresas favorecidas em licitações combinadas, em um verdadeiro circo armado com dinheiro público.

Mais que fraude: o Ministério Público reuniu provas de ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro e corrupção sistêmica, com envolvimento de agentes públicos que recebiam altas quantias em propina para manter a engrenagem do desvio funcionando.

A nova fase da Operação Tromper não deixa dúvidas: Sidrolândia foi tomada por um esquema mafioso com DNA político, onde o poder público virou balcão de negócios e a licitação virou fachada para roubo institucionalizado.

Montagem e Crédito: Fato67

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