O Brasil investiga, neste momento, seis novos casos suspeitos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), conforme atualização da plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura, divulgada às 19h desta terça-feira (21).
As apurações estão em curso com coletas de amostras, mas até o momento não há resultados laboratoriais conclusivos. Entre os casos sob investigação, dois ocorrem em ambientes de produção comercial: uma granja de pintinhos com apenas cinco dias de vida no município de Ipumirim (SC) e um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO). Os laudos desses casos são aguardados para esta quarta-feira (22).
As demais suspeitas envolvem aves de subsistência, mantidas em criações domésticas, nas cidades de Triunfo (RS), Salitre (CE) e Eldorado do Carajás (PA). Há ainda um registro de possível infecção em ave silvestre da espécie jaçanã, em Derrubadas (RS). Um outro caso, também em aves de subsistência, foi descartado em Estância Velha (RS).
Segundo o Ministério da Agricultura, desde maio de 2023, quando o Brasil registrou o primeiro caso da doença em uma ave silvestre, mais de 2.500 investigações já foram realizadas em todo o território nacional.
A influenza aviária do tipo H5N1 é considerada altamente patogênica e sua notificação é obrigatória e imediata. Todos os envolvidos na cadeia produtiva animal — incluindo produtores rurais, técnicos, veterinários, prestadores de serviço e pesquisadores — devem reportar qualquer suspeita ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).
Até o momento, o Brasil confirmou 168 focos da doença, sendo:
160 em aves silvestres;
4 em leões-marinhos;
3 em produções de subsistência;
1 em granja comercial — este último registrado em Montenegro (RS), em um matrizeiro de aves da Região Metropolitana de Porto Alegre.
As autoridades reforçam que o monitoramento e a resposta rápida são fundamentais para evitar a propagação do vírus e garantir a segurança sanitária do plantel avícola brasileiro.