Enquanto aliados do governo tentavam abafar a formação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, os bastidores de Brasília revelaram nesta quinta-feira (8) que a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) já assinou o pedido que visa apurar um dos maiores escândalos da história recente: o esquema bilionário que saqueou os cofres destinados a aposentados e pensionistas em todo o Brasil.
Nos últimos dias, boatos começaram a circular nas redes sociais de que a senadora estaria se omitindo da investigação. A narrativa, no entanto, cai por terra com a confirmação de sua assinatura, que foi estrategicamente feita após uma criteriosa análise do pedido, justamente para garantir que o foco da CPMI não seja desviado.
Segundo a Polícia Federal, o esquema criminoso movimentou ao menos R$ 6,3 bilhões, envolvendo servidores do próprio INSS, sindicatos e associações supostamente de classe, que atuavam como braços operacionais da fraude.
A pressão agora recai sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode ser enquadrado por crime de responsabilidade, caso se comprove omissão ou conivência com a farra dos desvios. Nos corredores do Congresso, a criação da CPMI já assombra o Planalto.
A CPMI do INSS promete ser o novo epicentro de uma tempestade política que pode desestabilizar ainda mais o governo petista.
A CPMI do INSS já conta com a assinatura de diversos senadores que decidiram enfrentar o escândalo bilionário envolvendo o desvio de recursos dos aposentados. Assinaram o pedido os seguintes parlamentares:
Damares Alves, Eduardo Girão, Plínio Valério, Sergio Moro, Flávio Bolsonaro, Wellington Fagundes, Ciro Nogueira, Jaime Bagattoli, Wilder Morais, Esperidião Amin, Hamilton Mourão, Styvenson Valentim, Jorge Seif, Carlos Portinho, Tereza Cristina, Magno Malta, Cleitinho, Rogério Marinho, Izalci Lucas, Luis Carlos Heinze, Marcos Rogério, Astronauta Marcos Pontes, Eduardo Gomes, Marcio Bittar, Marcos do Val, Mecias de Jesus, Alan Rick, Dr. Hiran, Flávio Arns, Alessandro Vieira, Lucas Barreto, Jayme Campos, Chico Rodrigues e Soraya Thronicke.
Dos representantes de Mato Grosso do Sul, apenas Soraya Thronicke e Tereza Cristina assinaram a CPMI, mostrando um posicionamento firme diante de um dos maiores escândalos de corrupção ligados ao sistema previdenciário brasileiro.
A lista dos signatários revela que o movimento pela apuração do roubo aos aposentados e pensionistas vai ganhando força no Senado e deve se tornar uma das principais pautas dos próximos meses em Brasília.