Riedel paga quase meio milhão sem licitação por show de Luísa Sonza enquanto pacientes enfrentam a fila da morte no Hospital Regional

Enquanto pacientes lutam pela vida no Hospital Regional de Campo Grande, o governador Eduardo Riedel (PSDB) prefere investir em lacração com dinheiro do povo. Neste domingo (4), a cantora Luísa Sonza — aquela mesma que já declarou ódio ao ex-presidente Bolsonaro — vai subir ao palco do Parque das Nações Indígenas com o espetáculo “Escândalo Íntimo”, custeado com módicos R$ 450 mil dos cofres do Estado. Isso mesmo: quase meio milhão de reais para uma hora de show pop, enquanto doentes esperam por um leito de UTI.

MS ao Vivo? Só se for de vergonha.

A contratação foi feita sem licitação, no famoso esquema da “inexigibilidade”, onde não há concorrência, transparência nem respeito pelo bolso do contribuinte. Segundo o Diário Oficial, o cachê foi pago diretamente à artista, sem nenhuma cerimônia. Já os critérios? Ficaram no limbo da cultura seletiva que exalta quem agride a direita, mas silencia quando os aliados estão no poder.

Enquanto Luísa se aquece nos bastidores com camarim climatizado e som de última geração, 18 pessoas agonizam esperando por uma chance de viver. Isso porque, no dia 29 de abril, o Hospital Regional operava com apenas seis leitos de UTI livres — para quase o triplo de pacientes. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou: lotação de 100%. Mas, claro, o governo achou mais urgente garantir luz cênica e microfone com auto-tune.

Cultura ou cortina de fumaça?

A desculpa oficial da Setesc e da Fundação de Cultura é “valorizar a identidade cultural e democratizar o acesso à arte”. Mas, na prática, quem representa o Estado — como a cantora sul-mato-grossense Paolla — abre o evento por trocados, enquanto a estrela pop que odeia Bolsonaro leva a maior fatia. Isso não é cultura, é circo. E dos mais caros.

Sonza de um lado, silêncio do outro

Luísa Sonza, que durante a pandemia dizia nas redes “Bolsonaro, eu te odeio” e criticava a falta de investimentos em saúde, agora aceita sorridente um cachê público vindo de um Estado em colapso hospitalar. Cadê o ativismo, Luísa? Sumiu com o depósito? Ou ficou retido no camarim?

A coerência, como sempre, passa longe da esquerda pop. O mesmo vale para Riedel, que de gestor virou animador de plateia enquanto o povo padece. Se o governador acha que palco substitui hospital e playback cura pneumonia, talvez esteja na profissão errada.

Escândalo Íntimo? Não. Escândalo Público. E pago com o seu dinheiro.

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