O que era para ser um partido de luta e renovação virou uma trincheira da velha política disfarçada de esquerda progressista. Em um ato covarde e autoritário, o PSOL de Mato Grosso do Sul, comandado com mão de ferro pelo presidente estadual Lucien Roberto Garcia de Rezende, decidiu excluir o ex-candidato à prefeitura de Campo Grande, Luso Queiroz, da diretoria estadual. O motivo? Ter ideias demais e coragem de sobra para desafiar o feudo ideológico de Lucien e sua turma.
A exclusão foi formalizada no sistema do TSE ainda em 1º de julho de 2024, mas, em uma demonstração de total desrespeito, só foi comunicada a Luso no dia 30 de abril de 2025. O gesto diz muito sobre a transparência do partido que vive pregando “democracia interna” enquanto age como um bunker de interesses pessoais.
Luso, cientista político, militante desde 2019 e um dos poucos nomes com potencial real de crescimento dentro da esquerda sul-mato-grossense, teve 3.108 votos na última eleição para prefeito e já vinha articulando uma pré-candidatura ao governo estadual em 2026. Seu crime? Querer renovar, oxigenar e expandir o PSOL para além do controle de um único “cacique”.
Segundo fontes internas, o medo de Lucien era claro: perder o comando sobre o fundo partidário, o tempo de TV e os privilégios de sempre. O PSOL, que adora apontar o dedo para os outros partidos, mostra agora que, quando o assunto é poder, não há diferença entre esquerda radical e coronelismo de paletó e bandeira vermelha.
“Precisamos de um partido com militantes ativos, com sangue novo, dispostos a trabalhar de verdade pela sociedade. O PSOL está se tornando irrelevante porque se afastou das bases e virou um feudo de interesses pessoais. Minha luta é para mudar isso”, disparou Luso, ao comentar a manobra rasteira.
A exclusão de Luso Queiroz não é apenas uma afronta à democracia interna — é um atestado de que o PSOL de Mato Grosso do Sul está apodrecendo por dentro. Enquanto nomes como Lucien Rezende mantêm o partido refém de vaidades, a verdadeira esquerda militante, combativa e popular é silenciada, afastada e descartada.
Mas Luso não deve recuar. Com capital político crescente e apoio de setores sociais que não aguentam mais o autoritarismo camuflado de ideologia, o nome dele desponta como uma alternativa real, honesta e disposta a enfrentar não só a direita, mas também os oportunistas que transformaram o PSOL em um condomínio fechado de conveniências.
A guerra está declarada. E, pelo visto, o medo de Luso é maior que a coragem dos que hoje dominam o partido.