O traficante que se traveste de influenciador do Instagram agora vai ter que “lacrar” é no tribunal — e com advogado caro, se quiser sair do buraco.
O criminoso Alisson Benítez Grance, mais conhecido no submundo como Dumato, finalmente começou a colher os frutos (ou os espinhos) da fama que tanto buscou à base de calúnia, perseguição e muita audácia. Acostumado a se esconder atrás do celular para atacar guardas municipais, autoridades e até a prefeita Adriane Lopes e a vice-prefeita Camila Nascimento, o “traficante digital” acaba de receber sua primeira pancada judicial: uma ação no valor de R$ 100 mil, movida pelo Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande.
O motivo? Dumato teve a “ousadia gourmet” de gravar vídeos afirmando que a Guarda Civil Metropolitana “só forma ladrões”. Sim, o criminoso que remetia maconha pelo correio está tentando ensinar moralidade no Instagram. A ação pede indenização por danos morais e a remoção dos vídeos das plataformas. Mas essa é só a primeira pedrada…
PREVISÃO DE TEMPESTADE JURÍDICA
Fontes indicam que vem chumbo grosso por aí. Se Adriane Lopes e Camila Nascimento resolverem acionar a Justiça — e motivos não faltam — o influencer do tráfico pode encarar um festival de processos por violência política de gênero, uso indevido de imagem, difamação, calúnia, stalking e mais o que couber no Código Penal.
O valor total das ações pode ultrapassar R$ 1,5 milhão. E não estamos falando de “dinheiro de pix de seguidor”, mas de indenizações robustas que podem engolir até o último centavo da pose digital do criminoso.
DE “CRIADOR DE CONTEÚDO” A CRIADOR DE ENCOMENDAS ILÍCITAS
Mas não para por aí. O personagem que se vende como defensor do povo nas redes sociais é, na verdade, figurinha carimbada no mundo do tráfico. Dumato foi alvo direto de uma operação da Guarda Civil que desmantelou um esquema de envio de maconha tipo dry para diversos estados brasileiros.
Só em uma das etapas da investigação, a polícia descobriu remessas que totalizam quase 10,5 kg de droga, meticulosamente embaladas e enviadas por encomenda para Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Amapá, Paraná e Goiás. Tudo camuflado em objetos para burlar a fiscalização. Cães farejadores tiveram que entrar em ação para identificar o conteúdo — um serviço que nem o algoritmo do Instagram poderia prever.
A grande questão que assombra as autoridades é: quantas outras remessas escaparam do radar? Quantos laranjas ainda estão sendo usados para disfarçar a real operação do “influencer do tráfico”?
A HORA DO TROCO
Depois de meses zombando da Justiça e tentando se projetar como “vítima do sistema”, Dumato agora começa a provar do próprio veneno. A máscara caiu, e o palco da internet pode dar lugar ao banco dos réus. Afinal, quem vive de atacar, um dia é alcançado pelo contra-ataque.
E agora, Dumato? Vai dançar no TikTok ou vai correr no Fórum?