O ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), está novamente sob risco de prisão. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) comunicou à Justiça que o político teria violado as restrições impostas pela medida cautelar, sugerindo a regressão de regime. O pedido pode levar à revogação da liberdade do ex-vereador, que estava prestes a se livrar da tornozeleira eletrônica.
Claudinho é réu em um esquema de corrupção que envolveu 22 pessoas em Sidrolândia, onde atuou como secretário de Fazenda durante a gestão da sua sogra, Vanda Camilo (PP). Ele foi preso em 3 de abril de 2024 e liberado 23 dias depois, sob monitoramento eletrônico.
No entanto, o caso tomou um rumo inesperado. Pouco mais de 24 horas após a notificação da Agepen, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recebeu um novo relatório da agência penitenciária afirmando que Claudinho estava cumprindo todas as determinações e não havia registros de descumprimento.
Diante da contradição, a juíza Larissa Ribeiro Fiuza exigiu esclarecimentos da Agepen, determinando um prazo de 15 dias para apresentação de um relatório detalhado sobre o monitoramento do ex-vereador nos últimos 12 meses. Além disso, documentos da agência também apontaram possíveis infrações cometidas por Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho.
A defesa do ex-parlamentar, representada pelo advogado Tiago Bunning, nega qualquer violação. Ele alega que o político nunca saiu de casa nos horários determinados e sugere que o problema pode ter sido causado por falhas na conectividade da tornozeleira eletrônica. O advogado também exigiu que a Central de Monitoramento da Agepen apresente registros exatos da localização de Claudinho nos períodos contestados.
Agora, a decisão está nas mãos da Justiça, que precisa esclarecer se houve realmente descumprimento das medidas ou se tudo não passa de um erro técnico. Enquanto isso, o risco de Claudinho Serra voltar para a prisão continua à espreita.