O ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe à tona uma verdade incontestável durante sua participação no podcast “Inteligência Ltda”: a deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi um dos grandes entraves para sua reeleição em 2022. Ao relembrar o episódio em que a parlamentar sacou uma arma e perseguiu um homem nas ruas de São Paulo, Bolsonaro deixou claro que o ato impensado teve consequências desastrosas para sua campanha, sendo explorado à exaustão pela grande mídia, especialmente pela Rede Globo.
Conforme apontado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pesquisas da época indicaram que Bolsonaro perdeu mais de um milhão de votos apenas no estado paulista após o escândalo envolvendo Zambelli. O ex-presidente, que enfrentava uma máquina de narrativas contra ele, viu sua candidatura ser ainda mais prejudicada por um erro grave cometido dentro do próprio campo político. “A Carla Zambelli tirou o mandato da gente”, declarou Bolsonaro, deixando claro que a parlamentar causou estragos irreparáveis na reta final da eleição.
Enquanto Bolsonaro se manteve firme e combativo, enfrentando adversidades e perseguições políticas, Zambelli entregou munição para a esquerda e para a Justiça, que agora avança contra ela no Supremo Tribunal Federal (STF). A deputada já conta com maioria formada para sua condenação por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma. O ministro Nunes Marques suspendeu temporariamente o julgamento, mas os votos de Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino já indicam que ela pode pegar mais de cinco anos de prisão em regime semiaberto, além de perder o mandato e o porte de arma.
Bolsonaro, mais uma vez, prova que sempre teve visão estratégica e consciência política. Sua declaração não apenas expõe um erro crasso de Zambelli, mas também deixa claro que a responsabilidade por sua derrota não foi apenas externa, mas também interna. Enquanto o ex-presidente segue como principal líder da direita, Carla Zambelli agora colhe as consequências de seus próprios atos.
