O vereador de Campo Grande, Rafael Tavares, mais uma vez movimenta os bastidores da política ao dar indícios de que pode desafiar Jair Bolsonaro na disputa pelo Senado. Embora ainda não tenha feito um anúncio oficial, suas postagens nas redes sociais e movimentações políticas sugerem que ele pretende ignorar a decisão do ex-presidente, que já escolheu Gianni Nogueira como a pré-candidata do PL.
Nos bastidores, a insatisfação dentro do partido é evidente. Segundo fontes ouvidas pelo Política Voz, Bolsonaro já deixou claro que Rafael Tavares não é um nome para a disputa e que seu comportamento tem gerado incômodo entre lideranças bolsonaristas.
Tavares e a velha estratégia da autopromoção
Esse tipo de movimentação política não é novidade para Rafael Tavares. Durante a eleição municipal de 2024, ele também flertou com a ideia de disputar a Prefeitura de Campo Grande, mas acabou recuando. Agora, ao sugerir uma possível candidatura ao Senado, Tavares parece repetir a tática: ganhar projeção midiática sem, de fato, se comprometer com uma candidatura real.
Uma eleitora e filiada ao PL criticou duramente a postura do vereador. “Ele já perdeu o mandato de deputado estadual por fraude na cota de gênero no partido, foi eleito vereador e agora não vai honrar o compromisso com quem votou nele para lutar na Câmara Municipal. Se queria outro cargo, por que se candidatou a vereador?”, questionou.
Bolsonaro insatisfeito com a insubordinação de Tavares
Dentro do PL, a insatisfação com Rafael Tavares cresce. Uma fonte do partido, que preferiu não se identificar por medo de represálias do grupo do vereador, afirmou que Bolsonaro não está nada satisfeito com a postura de Tavares. “O partido tem um direcionamento, uma estratégia, e ele simplesmente decide agir por conta própria. Isso não é bem visto, e ele pode acabar isolado dentro do PL”, alertou.
A sinalização de que Tavares pode se colocar como opção ao Senado, contrariando a escolha de Bolsonaro, reforça sua fama de político que busca holofotes em disputas maiores, apenas para recuar depois. Se ele pretende desafiar de fato a liderança do ex-presidente ou se tudo não passa de mais um jogo de cena, ainda é incerto. Mas, até o momento, a única certeza é que Bolsonaro já tem sua escolha – e ela não atende pelo nome de Rafael Tavares.
