A Justiça garantiu mais uma vitória para a liberdade de imprensa ao negar a ação movida pelo empresário Tony Ueno, proprietário do Instituto Ranking, contra o portal O Contribuinte, representado pelo jornalista Mayke Vilalba. Ueno pedia uma indenização de R$ 40 mil por danos morais e uma retratação pública, mas a Justiça rejeitou todos os pedidos, reforçando que a matéria contestada trata-se de um artigo de opinião jornalística.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do dia 7 de março pela juíza Suzette Trindade Amado, que destacou o caráter constitucional da liberdade de expressão e de imprensa. Para o advogado do portal O Contribuinte, Dr. Oswaldo Meza, a sentença é emblemática:
“A liberdade de imprensa é inegociável, até porque é fundamento da democracia representativa”, afirmou.
Tentativa de Censura Fracassada
Na petição inicial, Tony Ueno acusou o jornal de publicar uma “matéria sensacionalista e sabidamente inverídica”. No entanto, a defesa do portal sustentou que a reportagem foi baseada em relatos de moradores de Naviraí, Sidrolândia e Parabaíba, além de dados concretos sobre as eleições de 2024.
O artigo em questão apontava inconsistências nas pesquisas eleitorais conduzidas pelo Instituto Ranking, cujos resultados divergiam significativamente da realidade apurada nas urnas. Entre os casos mencionados, destacam-se as vitórias dos candidatos Rodrigo Sacuno e Rodrigo Basso, ambos do PL, contrariando previsões feitas pelo instituto de Ueno.
Justiça Fortalece Jornalismo Independente
A decisão da Justiça reforça o compromisso do portal O Contribuinte com a transparência e a apuração rigorosa dos fatos. Com essa sentença, reafirma-se que opiniões fundamentadas em investigação jornalística são protegidas por lei, assegurando que a imprensa possa exercer seu papel sem intimidações ou tentativas de censura.
A derrota judicial de Tony Ueno representa um recado claro: o jornalismo responsável e comprometido com a verdade não pode ser silenciado.
