Na manhã desta sexta-feira (14), o músico Caio César Nascimento Pereira teve a sua prisão preventiva decretada, durante audiência de custódia, em Campo Grande. O fato ocorreu após o assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, vítima de feminicídio, ocorrido na noite de quarta-feira (12).
Vanessa Ricarte, servidora pública do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul, foi brutalmente esfaqueada três vezes na região do tórax, em sua residência, localizada no Bairro São Francisco. Segundo as investigações, ela havia se dirigido, na madrugada do dia 12, à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) acompanhada de um amigo para registrar um boletim de ocorrência contra Caio, devido a agressões anteriores. Posteriormente, ao retornar para buscar seus pertences, foi surpreendida e atacada pelo companheiro, com quem convivia há quatro meses.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou os atendimentos emergenciais, mas Vanessa foi encaminhada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito na mesma noite. Caio foi preso em flagrante na residência e, posteriormente, teve a prisão preventiva decretada para evitar novos atos de violência.
O histórico de Caio Nascimento revela um padrão de comportamentos agressivos. Desde 2020, foram registrados 11 boletins de ocorrência por violência doméstica, além de denúncias por extorsão e roubo. Em um dos casos, uma ex-namorada sofreu agressões que a deixaram com queimaduras no rosto e nos braços, necessitando de atendimento na Santa Casa. Outras ex-companheiras também denunciaram episódios de violência física e psicológica, com relatos de perseguições, ameaças e de medidas protetivas solicitadas, sem que tais pedidos tenham sido devidamente atendidos.
Diante dos fatos, as autoridades buscam responsabilizar Caio por seus atos, enquanto o caso segue sob investigação, caracterizado como feminicídio, dada a extrema violência contra a vítima e o contexto de um relacionamento abusivo. A prisão preventiva, decretada nesta manhã, visa preservar a ordem pública e impedir a repetição de novos episódios de violência.
