O Hemosul de Campo Grande iniciou este sábado (23) em alerta devido aos baixos estoques de sangue dos tipos O+ e O-, considerados críticos nesta época do ano. Para enfrentar o problema, o Instituto Tamojunto reuniu mais de 50 pessoas em uma campanha solidária no Centro de Doações, com o objetivo de incentivar a população a doar sangue e salvar vidas.
Entre os participantes da mobilização estava Carlos Alberto de Assis, presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems) e doador assíduo há 47 anos. Ele destacou a importância da doação como um gesto diário de solidariedade. “Não é preciso esperar uma campanha para doar sangue. Eu comecei aos 18 anos, quando estava no quartel, e hoje, aos 65, continuo doando. No final do ano, sempre reunimos amigos para reforçar a importância desse ato. Doar é um gesto simples que salva vidas”, ressaltou.
Assis também chamou atenção para a baixa no estoque de O+, o tipo sanguíneo mais comum. “Isso mostra que as pessoas não estão doando como deveriam. O que custa dedicar meia hora para salvar uma vida? Pode ser um parente, um amigo ou até um desconhecido, mas o impacto é enorme”, afirmou.
A presidente do Instituto Tamojunto, Pollyana Renovato, de 31 anos, compartilhou a mesma motivação. Doadora desde os 18 anos, ela destacou a relevância da ação para inspirar outras pessoas. “Parece que a importância da doação não alcança todo mundo. Campanhas como essa mostram que é algo simples, mas de um impacto gigantesco, um verdadeiro ato de amor”, declarou.
De acordo com o Hemosul, os estoques de sangue O+ estão em apenas 30% da capacidade, enquanto o O- atingiu 36%. A assistente social do centro, Raquel Nunes, de 45 anos, explicou que essa situação é comum nesta época do ano. “Com a chegada de dezembro, muitas pessoas entram em ritmo de férias, viajam e se esquecem de doar. Entretanto, os acidentes continuam e pacientes que dependem de transfusões ainda precisam de ajuda. Por isso, pedimos que doem antes de saírem de férias”, reforçou. O Hemosul estará funcionando até as 17h para atender doadores.
A campanha também atraiu novos participantes, como o analista de infraestrutura Wellington Pedroso Mendes, de 31 anos, e sua esposa, a auxiliar administrativa Annamaria Silva Santana Mendes, de 28. O casal, motivado pela ação, decidiu doar sangue pela primeira vez. “É um gesto importante porque salva vidas”, afirmou Annamaria. Com as férias escolares das filhas se aproximando, eles aproveitaram a oportunidade para contribuir.
A mobilização do Instituto Tamojunto demonstra como a solidariedade pode ser multiplicada por meio de gestos simples. A doação de sangue é essencial para garantir que o Hemosul continue atendendo quem mais precisa, especialmente em períodos críticos.
Foto: Juliano Almeida
