Parece que o “Capitão” Renan Contar decidiu nao se importar em se consolidar como mais um traidor de Bolsonaro em 2024. O ex-bolsonarista, que em tempos passados não economizava críticas à esquerda, agora resolveu declarar apoio à candidatura de Rose Modesto (União Brasil). No entanto, para muitos, Contar está apenas reforçando suas alianças duvidosas, deixando claro ao seu eleitorado que, no fim das contas, ele representa mais do mesmo. Coincidência ou não, a esposa de Contar, Iara Diniz, tem seu nome associado a controvérsias desde a gestão do ex-prefeito e presidiário Gilmar Olarte. E quem estava ao lado de Contar naquele ano? Nada menos que o ex-prefeito e presidiário Gilmar Olarte, estranhamente, Gilmar Olarte e Rose Modesto já haviam sido alvos de escutas telefônicas no passado, mas Iara e Contar também têm um histórico com o presidiário Olarte.
O eleitor campo-grandense, que não costuma deixar nada passar despercebido, logo percebeu que o “Capitão” não pareceu se importar com a presença de aliados do PT e com a sombra do presidente Lula que ronda a campanha de sua atual aliada. A reação foi rápida nas redes sociais. “Meu Deus, isso mesmo? Apoiador da esquerda?”, exclamou uma internauta, incrédula. Outra ex-eleitora de Contar foi mais direta: “Pode não contar com meu voto”. A avalanche de comentários negativos trouxe à tona o que muitos já suspeitavam: Renan Contar pode estar perdendo capital político.
Vale lembrar que, em 2022, foi o próprio Gilmar Olarte, com suas conexões nada ‘modestas’, quem declarou apoio a Contar, lançando elogios a Iara Diniz: “A Iara, vocês lembram, foi meu braço direito na Prefeitura, uma amiga de confiança a quem eu sou muito grato. Não tenho dúvida de que, com o Contar governador, eles vão me ajudar a fazer justiça”. Para fechar com chave de ouro, Olarte incentivou o voto no então candidato: “Votar no Capitão Contar é votar em mim”, afirmou. Precisa de mais alguma coisa para levantar a sobrancelha do eleitor?
E, como se já não fosse suficiente, o currículo de Contar também vem com um “bônus”: sua gestão no Centro de Ensino Maria Edwirges Borges (Cemeb) foi marcada por investigações e, claro, o fechamento do local. Sob sua presidência, o Cemeb foi alvo de denúncias do Ministério Público por servir comida vencida a crianças carentes. A situação só piorou quando a entidade teve um aumento de 100% nos recursos públicos durante a gestão de Gilmar Olarte – sim, ele de novo. A cereja do bolo? A cozinha do centro estava cheia de alimentos vencidos, colocando em risco a saúde das crianças. Mas, segundo Contar, tudo não passou de “mentira sensacionalista”. É, parece que essa parceria de Contar e Modesto vem recheada de escândalos, não é mesmo?
O que os eleitores vêm percebendo é que essa aliança soa mais como uma tentativa desesperada de um grupo político – com raízes no governo Olarte – de voltar ao poder em Campo Grande. Mas será que o eleitorado está disposto a esquecer as irregularidades, as investigações e as promessas não cumpridas? Só o tempo dirá.
Até o momento, Contar não se pronunciou sobre as alianças duvidosas com a esquerda no palanque de Rose Modesto.