Calotecracia parte 2: Candidato a vereador da Rose Modesto é levado para a delegacia após alugar carro e penhorar com agiota

Ojeda, candidato a vereador pelo União Brasil e aliado de Rose Modesto, candidata à prefeitura de Campo Grande, se viu envolvido em uma situação bastante complicada. Ele foi levado para a delegacia na manhã desta quarta-feira (2) após ser acusado de alugar um carro e depois penhorá-lo com um agiota. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como apropriação indébita.

A história começou quando a vítima, um homem de 43 anos, afirmou ter alugado seu carro, um Ônix, para Ojeda. O curioso é que, mesmo sem contrato escrito, a negociação foi testemunhada por uma mulher, e o combinado era que Ojeda pagaria R$ 600 por semana pelo aluguel do veículo. No entanto, as semanas passaram e o pagamento nunca aconteceu. O que o proprietário do carro não esperava era descobrir que o veículo havia sido sublocado para um agiota, um desdobramento que o levou direto à delegacia.

Desconfiado, o dono do carro foi à Defurv, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos, onde fez um boletim de ocorrência. A vítima revelou que o carro tinha um sistema de monitoramento e, rastreando o veículo, descobriu que ele estava parado no pátio de um depósito de construção, aparentemente do tio do suposto agiota. A Polícia Militar foi chamada para investigar a situação no local.

O que agrava ainda mais esse episódio é a proximidade de Ojeda com Rose Modesto, que já declarou seu apoio ao candidato publicamente em um evento do União Brasil. A imagem de Rose, que está numa corrida importante à prefeitura de Campo Grande, pode ser afetada por mais essa polêmica envolvendo Ojeda. A ligação com um candidato cercado de problemas pode trazer sérios questionamentos sobre o tipo de pessoas que ela escolhe para apoiar.

Mas essa não é a primeira vez que Ojeda se envolve em confusão. Em setembro, trabalhadores que ele contratou para sua campanha entraram em contato com a reportagem do Política Voz, denunciando que o candidato não havia pagado pelos serviços prestados. Segundo uma das mensagens, cerca de 40 famílias estavam dependendo desse dinheiro para cobrir necessidades básicas, como colocar comida na mesa e pagar contas.

Ojeda é filho de um ex-sindicalista e ex-vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Essa herança política parece ter facilitado o caminho de Ojeda no União Brasil e até a aproximação com Rose Modesto. No entanto, essa mesma conexão pode acabar prejudicando a imagem de Modesto, já que os problemas de Ojeda têm repercutido cada vez mais.

A revolta se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Em um grupo chamado Caloteiros CG, um post relatando o calote de Ojeda nos cabos eleitorais ganhou destaque. Um dos integrantes reclamava que já se passaram duas quinzenas sem que Ojeda efetuasse o pagamento dos trabalhadores, que estavam contando com esse dinheiro para sustentar suas famílias. A indignação é geral, e muitos pedem que ele pague o que deve o quanto antes.

Agora, o que resta saber é como Rose Modesto lidará com esse incêndio político que, mais uma vez, tem Ojeda no centro das atenções.

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