Na noite de ontem (13), PSOL e DC protocolaram um pedido para barrar a candidatura de Beto Pereira, do PSDB, à prefeitura de Campo Grande, e de sua vice, coronel Neidy (PL). A alegação é que Beto Pereira tem contas reprovadas de sua época como prefeito de Terenos, uma cidade a 31 km da capital.
Os partidos argumentam que a Justiça Eleitoral deve avaliar a elegibilidade do candidato e apontam irregularidades graves em três processos administrativos da gestão de Pereira em Terenos, uma cidade de cerca de 18 mil habitantes no interior de Mato Grosso do Sul.
Além disso, PSOL e DC desconsideram liminares concedidas por conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), que foram indicados pelo ex-governador Reinaldo Azambuja e que podem ter relações com o PSDB. Os partidos afirmam que essas decisões são irrelevantes, pois apenas o Poder Judiciário pode suspender as decisões do TCE-MS, conforme a jurisprudência eleitoral.
Para os partidos, cabe à Justiça Eleitoral decidir se as irregularidades apontadas pelo TCE-MS são graves o suficiente para configurar improbidade administrativa e inelegibilidade. Segundo eles, Beto Pereira enfrentou condenações por irregularidades em processos licitatórios e pagamentos indevidos em obras públicas, o que comprometeria a integridade do pleito eleitoral e justificaria sua inelegibilidade.
Os partidos pedem, portanto, que o registro da candidatura de Beto Pereira seja negado. Até o fechamento desta reportagem, a equipe jurídica e a assessoria de comunicação da campanha de Beto Pereira não haviam se manifestado sobre o assunto, mas o espaço permanece aberto para resposta.
