CFM cassa registro de ginecologista de Campo Grande por crimes de assédio sexual 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu pela cassação do registro do médico ginecologista Salvador Walter Lopes, acusado de múltiplos casos de assédio sexual contra suas pacientes em Campo Grande. Esta decisão vem após uma série de denúncias e processos judiciais contra ele por importunação sexual e assédio.

Em junho deste ano, Salvador recebeu inicialmente uma suspensão de 30 dias, mas agora o CFM optou pela cassação definitiva de seu exercício profissional. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (22) pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Galo, citando violações dos artigos 23, 30, 38, 40 e 73 do Código de Ética Médica de 2018.

Os relatos de conduta inadequada são perturbadores: em uma das consultas, Salvador teria feito comentários de teor sexual à paciente, como chamá-la de “muito gostosa” e perguntar sobre suas preferências sexuais de maneira inapropriada. Ele também forçou um abraço e tentou beijá-la, sob a justificativa de deixá-la mais relaxada.

Em outro caso, diante da preocupação da paciente com atraso menstrual, ele teria feito comentários desrespeitosos sobre seu peso, dizendo que ela estava gorda e fazendo previsões de problemas de saúde caso não emagrecesse.

Esses relatos são apenas alguns dos mais de dez registros policiais contra Salvador por comportamento impróprio durante consultas médicas. Apesar das penalidades anteriores, como censura pública e divulgação de seu nome e registro profissional, o CFM decidiu pela cassação definitiva diante da gravidade das acusações e do impacto negativo na confiança pública em relação à ética médica.

Salvador Walter Lopes de Arruda, que atendia com CRM/MS nº 1.217, teve seu registro profissional cancelado, encerrando sua carreira médica em função das violações éticas cometidas.

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