Conselheiro afastado do TCE-MS alega ‘com 23 mil não consigo sustentar minha família’ e pede R$ 80 mil de salário

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, Ronaldo Chadid, alega que está enfrentando dificuldades financeiras após ter seu salário reduzido desde que foi afastado do cargo, em janeiro de 2023, por acusações de corrupção envolvendo desvio de dinheiro público. Seu vencimento mensal, que era de mais de R$ 80 mil, foi cortado para aproximadamente R$ 26 mil, o que ele alega ser insuficiente para sustentar sua família.

Chadid entrou com um pedido na Justiça para restabelecer sua remuneração anterior, argumentando que a redução foi indevida e que sua família, que inclui esposa, cinco filhos (dois deles estudando em faculdades particulares em outro estado) e três netos, depende financeiramente dele. Segundo seu advogado, o período de afastamento prolongado torna ainda mais difícil a situação financeira.

Ele tentou resolver administrativamente a questão dos benefícios que foram suspensos, como a indenização de função de colegiado e de direção, mas teve seu pedido negado pelo presidente do Tribunal, conselheiro Jerson Domingos. A defesa argumenta que esses benefícios não deveriam ser interrompidos enquanto não houver uma decisão final no processo judicial que o envolve.

Os conselheiros do TCE-MS recebem uma remuneração baseada no teto constitucional, equivalente a 90,25% do salário dos ministros do STF. Além do subsídio, Chadid tinha direito a diversas outras gratificações, que foram suspensas após seu afastamento.

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