Justiça quer lista com nomes de todos os servidores do HRMS em ação por alto número de mortes de pacientes

O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa determinou que o Estado de Mato Grosso do Sul forneça uma lista detalhada dos servidores e funcionários que estão em exercício no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), assim como daqueles que estão afastados e se existe déficit em algum setor do hospital.

Essa solicitação faz parte de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que busca responsabilizar o Estado e a Fundação Serviços de Saúde de MS (Funsau) por um alarmante número de mortes no hospital entre fevereiro e outubro de 2019, totalizando 1.140 óbitos, incluindo muitos jovens.

A investigação do MPMS revelou que o HRMS enfrentava escassez de pessoal em áreas cruciais, como farmácia e auxílio de enfermagem. O problema era agravado pelo elevado número de servidores cedidos, que geravam custos sem que atuassem no hospital. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de MS (TCE-MS) revelou que, em 2019, havia 119 servidores cedidos, o que resultava em uma despesa mensal de cerca de R$ 1 milhão para a Funsau.

Entre esses profissionais, a maioria eram médicos (26), auxiliares de enfermagem (18) e auxiliares de serviços hospitalares (16). O MPMS solicitou com urgência que esses servidores cedidos retornassem às suas funções no hospital. Contudo, o juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva não acatou esse pedido, uma vez que o Estado informou que havia realizado processos seletivos para repor o quadro de profissionais.

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