Bobo da Corte em: Portela indica Jovani Batista, envolvido em atentado fake, como tesoureiro do PL-MS

Conhecido popularmente como Tenente Portela, mas visto por muitos como uma figura atrapalhada, o famoso ‘bobo da corte’ e lendário “caneta sem tinta” parece ter subestimado a inteligência da direita para compor a nova diretória do PL no estado.

Portela já tem uma reputação consolidada pela sua falta de organização e confusão. Recentemente, ao formar a nova composição do PL, ele indicou Jovani Batista como tesoureiro do partido no estado. Batista, que já fez parte do extinto PSL, ganhou notoriedade após ser associado a um atentado falso, supostamente arquitetado pelo ex-deputado Loester Trutis para recuperar sua imagem pública após enfrentar diversos problemas políticos.

Durante a operação Tracker em Mato Grosso do Sul, que investigava o suposto atentado, Batista foi um dos alvos. Na ocasião, foram apreendidos duas pistolas e um fuzil, sendo este último de propriedade de Jovani, para fins de perícia.

Portela está sob intensa crítica, acusado de trair a direita no estado e de favorecer sua filha, Ana Portela, que também pretende se candidatar à câmara municipal.

Relembrando o caso:

A Polícia Federal concluiu o inquérito contra o deputado Loester Carlos Gomes de Souza, mais conhecido como Loester Trutis (PSL), e recomendou seu indiciamento por quatro crimes. Este pedido foi direcionado à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, devido ao foro privilegiado do deputado federal.

Os crimes incluem falsa comunicação de crime, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, e dano a patrimônio privado. A investigação não conseguiu determinar a motivação do crime. O relatório do inquérito será enviado à Procuradoria-Geral da República, que decidirá se denuncia ou não Trutis.

Em diversas entrevistas Trutis afirmou ser inocente, alegando ter sido vítima do atentado e que estava sendo perseguido por delegados da Polícia Federal.

O suposto atentado ocorreu em 16 de fevereiro de 2020. Naquele dia, um Corolla preto alugado, onde estava Trutis, teria sido alvo de tiros entre Campo Grande e Sidrolândia. Em 12 de novembro de 2020, a Polícia Federal executou uma operação que cumpriu vários mandados de busca e apreensão nos endereços ligados a Trutis, seu irmão Alberto Carlos Gomes de Souza, seu assessor Ciro Fidelis, e Jovani Batista da Silva, ex-primeiro-secretário do PSL de Campo Grande.

Trutis quase foi preso nessa operação. A nova legislação do pacote anticrime, proposto pelo ex-ministro Sergio Moro e apoiado por Trutis, impediu a detenção por posse irregular de arma de fogo, pois ele registra suas armas como colecionador. Durante a operação, foram apreendidos um fuzil Taurus T4 (de uso restrito), uma pistola 9 mm, um carregador com 14 munições e um revólver .357 com 10 munições.

O espaço segue aberto para os citados na matéria exercerem o direito de resposta.

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