Operação Fundo no Poço, deflagrada nesta quarta-feira (12), pela Polícia Federal apura desvios milionários do fundo partidário da sigla Solidariedade, antigo PROS, nas eleições de 2022. Equipes cumprem mandados de prisão e busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal.
Um dos alvos da operação é o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior. Ainda não há informações se ele é alvo de mandado de prisão ou de busca e apreensão.
Desde as últimas eleições, o partido não possui vereadores em Campo Grande ou deputados eleitos em Mato Grosso do Sul.
Segundo a PF, uma organização criminosa atuou nas eleições de 2022 para desviar recursos do fundo partidário que seria destinado ao Solidariedade.
A Federal detalha que as investigações tiveram início a partir de denúncia do então presidente do partido em desfavor de um ex-dirigente suspeito de desviar aproximadamente R$ 36 milhões.
Ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão e bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.
Segundo a PF, o grupo usou candidaturas laranjas em 2022 em vários estados do Brasil para desviar recursos do fundo partidário. Além disso, o grupo também desviou dinheiro com superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à FOS (Fundação de Ordem Social) – fundação do partido.
Para dar seguimento ao esquema, o grupo abriu empresas de fachada, comprou imóveis e superfaturou serviços supostamente prestado aos candidatos laranjas.
Os crimes investigados na operação são organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
O partido Solidariedade ainda não se manifestou sobre a ofensiva da PF.