Projeto de educação ambiental entregou horta no bairro Tarumã, onde em três meses estudantes já terão verduras e hortaliças para consumo
O pátio aos fundos da Escola Estadual José Bonifácio Nunes da Cunha, em Campo Grande, agora tem mais que um amplo gramado para a correria e brincadeiras dos estudantes. Na área entre a pista de atletismo e as salas de aula, sob a terra adubada, com canteiros bem organizados e cobertos por tela de proteção solar, a semente do cuidado ambiental e de valorização do verde foi plantada.
A horta nasceu do Projeto de Educação Ambiental da Agência Estadual de Regulação (AGEMS), com a parceria da direção e estudantes, de professores e acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da UEMS, a empresa de fertilizantes orgânicos Organoeste, e a MS Pantanal. Depois de muito trabalho durante a semana, o espaço foi entregue à comunidade escolar no evento “AGEMS Perto de você”, no dia 25.
Em três meses, parte do plantio de alface, rabanete, coentro, cebolinha, cenoura, beterraba e milho será mais que semente e já poderá ser servida na merenda aos alunos.
“Esse é um produto muito simbólico do nosso projeto educativo. E da mesma forma que aqui na escola era importante ter uma horta, em outra comunidade a necessidade pode ser outra. Então, com a universidade e parceiros nós queremos ir para outros bairros e municípios, ouvir as comunidades, levar informação e construir ações concretas junto com elas”, conta a diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto.
Ao fazer a entrega, o diretor-presidente, Carlos Alberto de Assis, ressaltou o valor de mobilizar a juventude.
“Esses estudantes são o futuro, então precisamos plantar neles essa semente, essa motivação e esse conhecimento”, disse.
Semear conhecimento, construir o futuro
A coordenadora do curso de Ciências Biológicas da UEMS, Professora Zildamara Holsback, comemora a parceria com a Agência, que possibilitou a realização do curso de extensão, reunindo estudantes do primeiro ano.
“Trabalhar com a AGEMS é muito bacana. Ter essa grande estrutura de apoio permite que a gente execute ideias que muitas vezes planejamos, mas temos limitação de alcance”, afirma. “Esse projeto faz com que a universidade se aproxime da comunidade, compartilhe conhecimento e os estudantes desenvolvam aquilo que aprendem em sala de aula”, avalia.
O acadêmico Carlos Higa é um dos entusiasmados participantes do projeto. Para ele, um grande benefício é mostrar à população a importância do espaço verde ‘no quintal’.
“A comunidade pode aprender a forma de cultivar e a importância da horta, da arborização. A gente incentiva as pessoas a plantarem mais e mostra o valor disso para o nosso clima”, resume. Ele acredita que além do que oferecem, os estudantes também ganham muito nesse projeto de extensão. “É importante para mostrar onde um biólogo pode atuar. E a gente vai ter oportunidade de levar outros projetos, como o que trata do aquecimento global e do descarte de resíduos sólidos”.