Considerada a chefe do narcotráfico peruano, Reyna Violeta Gozme La Fuente, conhecida como ‘Tía Reyna’, de 43 anos, presa por agentes especiais da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), na região do Chaco Paraguaio, próximo à cidade de Porto Murtinho, a 440 quilômetros de Campo Grande, na madrugada da última quinta-feira (23), foi transferida neste sábado (25) para Assunção por questões de segurança.
Após o assassinato do líder do narcotráfico naquela região do Peru, em janeiro deste ano, a mulher passou a liderar todas as operações do narcotráfico, o que trouxe inimizade com grupos antagônicos. Ela tem pelo menos três julgamentos por tráfico de drogas em seu país de origem desde 2006.
A suspeita é de que a mulher residia na Bolívia, mas frequentava o Paraguai como parte da coordenação logística do tráfico internacional de drogas.
Ela é considerada em seu país como a maior coletora e distribuidora aéreo de cocaína produzida no Peru. Tinha como destinos frequentes do tráfego aéreo internacional para a Bolívia, Paraguai e Brasil.
A criminosa foi presa durante um policiamento de rotina realizada na região, quando ao ser abordada, apresentou um documento boliviano falso. Depois, as autoridades policiais da Bolívia e Peru constataram a verdadeira identidade de Reyna.
No que diz respeito às rotas de tráfico, a entrada de drogas provenientes do Peru para reexportação seria controlada por cerca de vinte clãs familiares peruanos, também chamados de “cartéis criollos”. Há dois anos, tornou-se público que pelo menos seis traficantes de droga peruanos de alto escalão tinham estabelecido a sua sede na Bolívia, incluindo o Clever Bernardo Ambrosio (também conhecido como “Chila”) e Reyna Gozme La Fuente (também conhecida como “Reyna”).
Principal coletora de cocaína
Segundo publicou a Senad, Tía Reyna conduzia uma organização internacional de narcotráfico, onde se dedicava ao processamento, coleta e transporte aéreo de drogas do vale dos rios apurímac, ene e mantaro, localizado nas províncias de Huanta, Satipo e La Convencion, em direção à Bolívia, Paraguai e Brasil. Ela seria a principal coletora de cocaína produzida nessas regiões, podendo recolher até 5 toneladas da droga.
Além disso, ela responde a três processos judiciais em seu país de origem pelo processamento, coleta e transporte aéreo de drogas. Tia Reyna teria se deslocado entre Bolívia e Paraguai para coordenar o sistema de envio de carregamentos de entorpecentes a começar por pistas clandestinas localizadas no Peru.
Fonte: Mídiamax