Logo após atirar três vezes em Gabriel Soriano da Silva, de 27 anos, na frente da USF (Unidade de Saúde da Família) Jeferson Rodrigues de Souza – no bairro Santa Emília, em Campo Grande, o autor teria dito, “Ele vai pagar pelo que fez”. Gabriel ainda estava vivo quando o atirador fugiu, nesta quinta-feira (26).
Uma testemunha do crime contou sobre a frase dita pelo autor logo após os disparos. Segundo informações, a mulher era casada anteriormente com Gabriel, de quem se separou e manteve um relacionamento com o autor. O casal teve uma filha, mas depois ela se separou do autor e voltou a se relacionar com Gabriel com quem teve um filho de 3 anos.
Nesta quinta (26), a mulher e Gabriel junto do filho de 3 anos tinham ido até o posto de saúde quando encontraram com o autor e teve início uma discussão entre os dois homens. Em seguida, o autor foi até seu carro Renault Logan, de cor preta, e estacionou no meio da rua perto do carro de Gabriel onde estava a criança, na cadeirinha.
O autor, então, apontou a arma para a criança que estava no banco traseiro e Gabriel que estava no banco do motorista saiu e entrou na frente do filho para proteger a criança. Gabriel foi atingido por três tiros no tórax, sendo socorrido, mas acabou morrendo horas depois na Santa Casa.
Uma testemunha contou que logo após atirar em Gabriel, o autor disse, “ele vai pagar pelo que fez”, fugindo em seguida em seu carro. Outras testemunhas contaram que a mulher relatou que a briga entre Gabriel e o autor eram corriqueiras e que o autor não aceitava o relacionamento dela com a vítima.
Informações são de que o autor deve se entregar na companhia de seu advogado na próxima segunda-feira (30).
Assassinato na frente de posto de saúde
Gabriel morreu horas depois de ser atingido por três disparos de arma de fogo. Os tiros atingiram a região do tórax. Pouco antes, a mulher da vítima havia discutido com o ex-companheiro dela e a atual esposa dele, com quem havia se encontrado por acaso na unidade de saúde.
A discussão entre o trio teria começado após provocações entre eles, que discutiam, também, sobre a guarda da menina, de 9 anos, filha do suspeito e da mulher da vítima. Após o desentendimento dentro da unidade de saúde, o casal saiu e retornou logo em seguida, quando ocorreu o crime.
De acordo com o delegado Camilo Kettenhuber, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, Gabriel foi baleado após uma discussão com o autor, que parou o carro ao lado do veículo onde Gabriel estava com o filho, de apenas 3 anos. O suspeito teria mostrado a arma para a vítima, os dois começaram a discutir, Gabriel desceu do carro e foi atingido pelos disparos.
Um dos tiros atingiu o vidro da porta traseira do veículo, onde a criança estava. A mulher da vítima disse que a intenção do autor era atingir ao filho dela e de Gabriel. A polícia diz que o tiro que poderia ter atingido o menino parece ter sido acidental.
“É muito improvável. A minha experiência e o que pude verificar no trabalho feito com a Perícia Técnica, mostra que não houve intenção de atirar onde a criança estava. Parece ter sido acidental. Um ser humano em sã consciência não iria atirar para matar uma criança. Foge de todos os valores. A dinâmica também mostra que não foi intencional”, afirma.
Após o crime, o autor fugiu em um veículo Logan. Viaturas do Batalhão de Choque, GCM (Guarda Civil Metropolitana), PM (Polícia Militar) foram ao local para atender a ocorrência. A Polícia Civil e Perícia Técnica também estiveram no local. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.
Fonte: Midiamax