Os estabelecimentos da família de José Thomaz, fundador da esfirraria Thomaz Lanches, a mais famosa de Campo Grande, não abrirão nesta segunda-feira (11). A família decidiu por fechar as portas em luto à morte do fundador. Além da sede na Rua 7 de Setembro, a lanchonete conta com outra unidade na Rua Bom Bastor.
Criador da receita de esfirra mais conhecida da Capital, José Thomaz morreu na manhã de hoje (11) aos 98 anos e, conforme os familiares, será velado a partir das 11h no Cemitério Parque das Primaveras, na Avenida Senandor Filinto Müler, 2211, Jardim Parati.
A causa oficial da morte ainda não foi confirmada, mas a família relata que há 7 anos o libanês já se encontrava muito debilitado. Por isso, todos acreditam que o idoso morreu de causas naturais provocadas pela idade avançada.
O legado do Libanês Thomaz
As esfirras de Thomaz começaram a ser comercializadas oficialmente no ano de 1978, sendo um dos lugares mais tradicionais para se comer esfirra e comida de origem árabe em Campo Grande.
Segundo Ricardo Thomaz, filho do fundador, as receitas são todas familiares até hoje e ao longo do tempo a lanchonete foi se expandindo. O libanês José Thomaz, patriarca da família Thomaz, chegou ao Brasil com 9 anos e em 1978 abandonou a venda de bebidas para se dedicar à confecção de salgados junto à esposa Marina. Já há algum tempo, são os filhos que tocam o negócio.
Não há um morador da capital sul-mato-grossense que não tenha experimentado ou ouvido falar nas delícias da casa de esfirras. Famoso por não anotar os pedidos e confiar na honestidade dos clientes, o local se consolidou e virou queridinho da população da cidade e até de visitantes que vêm de outros municípios e estados só para passarem pela experiência do consumo ali.
A dinâmica de confiança tornou o local conhecido em todo o Estado. É que, nos estabelecimentos, cada cliente diz o que consumiu e paga exatamente o valor que afirma ter gasto, sem qualquer tipo de conferência por parte do caixa.
Além disso, os salgados deliciosos, além da esfirra, também fazem parte da história de Campo Grande. Há quem diga que a massa é inigualável e os recheios são melhores. A fama, provocada pelos próprios campo-grandenses, mantém a tradição da esfirraria que permanece em alta mesmo após 45 anos da fundação.