A Polícia Civil concluiu o inquérito que apresenta o indiciamento do médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, acusado de dirigir embriagado e provocar um grave acidente contra uma estudante de 28 anos, nos cruzamentos das ruas Doutor Paulo Machado e Arquiteto Rubens Gil de Camilo, no Santa Fé, em Campo Grande.
Ele foi indiciado pelos crimes de praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e também por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa.
O inquérito foi finalizado e entregue para o Poder Judiciário na última sexta-feira (16), cerca de 8 dias após o acontecimento do acidente. Naquela oportunidade, o profissional de medicina foi preso em flagrante, mas no dia seguinte, teve sua prisão convertida em preventiva pela Justiça de Mato Grosso do Sul.
Em relação ao acidente, conforme informações do boletim de ocorrência, a estudante seguia no seu carro, um Toyota Corolla, pela rua Rubens Gil de Camilo, quando no cruzamento com a Dr. Paulo Machado, foi atingida pela caminhonete, Volkswagen Amarok, conduzida pelo médico.
O inquérito foi conduzido pela 3° Delegacia de Polícia Civil, através da delegada Priscilla Anuda.
Ambos eram motoristas de aplicativo e disseram que por pouco, não tiveram seus carros atingidos pelo condutor da Amarok, que dirigia em alta velocidade pela Avenida Afonso Pena. Eles percorreram o trajeto e após verificar o acidente, prestaram socorro para a vítima, que teve duas fraturas no quadril, sendo uma de pube e a outra de ísquio esquerda.
O Ministério Público tem um prazo para oferecer ou não uma denúncia contra o médico.
Outro acidente, mas com morte
João Pedro já foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão pelo acidente na Avenida Afonso Pena, também em Campo Grande, quando resultou na morte de Carolina Albuquerque.
O médico trafegava em alta velocidade pela avenida Afonso Pena com uma caminhonete Nissan Frontier quando bateu no carro em que a criança estava. Foi constatado que ele estava embriagado e que dirigia entre 104km/h e 130 km por hora. Foi constatado também, que Carolina cruzou o sinal vermelho apesar de estar a 30km/h.
O acidente ocorreu em 2 de novembro de 2017 e após bater no carro de Carolina, o réu fugiu sem prestar socorro e se apresentou no dia 4 de novembro. Ele chegou a ficar preso, mas pagou fiança de R$ 50,5 mil e passou a usar tornozeleira eletrônica.
Fonte: Topmídia News