Morre Luiz Schiavon, fundador e tecladista do RPM, aos 64 anos

O músico Luiz Schiavon, fundador e tecladista da banda de rock RPM, morreu aos 64 anos nesta quinta-feira (15). A informação foi divulgada pela família do músico em um comunicado nas redes sociais. Ele estava internado em um hospital em Osasco (SP).

Schiavon vinha tratando uma doença autoimune nos últimos quatro anos e, segundo a texto dos familiares, passou por complicações durante uma cirurgia e não resistiu. Ainda de acordo com o comunicado, a cerimônia de despedida será reservada aos familiares e amigos próximos do artista.

“É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há 4 anos mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu. Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão. Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”, diz o comunicado.

Schiavon nasceu em 5 de outubro de 1958 e foi o compositor das melodias da maioria das canções do RPM. O grupo fez muito sucesso nos anos 1980, principalmente com os álbuns Revoluções por Minuto (1985) e Rádio Pirata Ao Vivo (1986), cujas faixas-título são algumas das mais conhecidas, junto com Olhar 43. A formação clássica da banda contava com Paulo Ricardo, Fernando Deluqui, e Paulo “P.A.” Pagni.

A banda acabou se separando e voltando a se reunir em diversas ocasiões desde 1987, com Paulo Ricardo deixando o RPM de vez em 2017 e levando à Justiça um processo contra os ex-colegas do grupo por conta do uso do nome da banda em seus trabalhos solo.

O RPM seguiu com Dioy Pallone assumindo como vocalista e baixista e lançou diversos singles, como Promessas, lançado na última semana. Porém, Schiavon teve de se afastar dos palcos e foi substituído nas apresentações.

O tecladista ainda trabalhou na composição de trilhas sonoras para novelas da Globo de 1996 a 2002, incluindo O Rei do Gado (1996-1997), Terra Nostra (1999-2000) e Esperança (2002-2003), e foi o diretor da banda do Domingão do Faustão entre 2004 e 2010.

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