Nessa sexta-feira (12), o maior bar de rock em Campo Grande, vai realizar o tributo ao Barão Vermelho que é considerada a maior banda de rock dos anos 80 e ao cantor Tim Maia. As bandas que vão interpretar esses ícones da música brasileira ficará por conta da banda Barones e Plebheus.
A abertura da casa será a partir das 20 horas, a entrada vai custar R$ 30,00 e será vendida somente na hora. O Blues Bar fica localizado na R- 15 de Novembro, 1186 no centro de Campo Grande.
Conheça um pouco o espaço da maior casa de rock do estado
Barão Vermelho
Banda rock brasileira, fundada em 1981, no Rio de Janeiro, fruto da vontade conjunta de quatro amigos com aspirações a criar um espaço para a afirmação do seu gosto rock. Roberto Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi juntaram-se para os primeiros ensaios e para o bosquejo inicial do que viria a ser o projeto Barão Vermelho. No ano seguinte, recrutam o vocalista Cazuza e gravam o primeiro disco, de título homónimo. A promoção do álbum foi feita com algumas atuações no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com outro disco lançado em 1983, o sucesso mediático chegar-lhes-ia, no ano seguinte, com o tema “Beth Balanço”, parte da banda sonora do filme com o mesmo nome de Lael Rodrigues. A canção seria integrada no alinhamento do terceiro registo dos Barão Vermelho. O êxito crescente da banda motivaria a sua participação no Rock in Rio de 1985. Em junho desse ano, Cazuza deixa o grupo para começar uma carreira a solo, e juntam-se à banda Fernando Magalhães e Peninha. As vocalizações dos Barão Vermelho passariam a ser assumidas por Roberto Frejat. Por esta altura, assina contrato com a Warner, antes da edição do sexto álbum, Carnaval (1988). Nesse título, outra faixa (“Pense e Dance”) usada numa telenovela ajudaria à consagração definitiva dos Barão Vermelho. A dimensão mediática da banda seria confirmada alguns meses depois, cabendo-lhes a abertura dos espetáculos da digressão brasileira de Rod Stewart.
Com a popularidade em alta, os Barão Vermelho são considerados o melhor grupo brasileiro no festival Hollywood Rock de 1990. Paulatinamente, a marca Barão Vermelho estabelecia-se como um dos marcos do rock brasileiro. Ainda nesse ano, o baixista Dé é substituído por Dadi, um antigo membro dos Novos Baianos e do projeto A Cor do Som. Na Calada da Noite, editado em 1991, é escolhido como o melhor disco desse ano, pelos críticos da conceituada revista Bizz. Ainda nesse ano, são agraciados com o prémio Sharp de melhor grupo rock. Seguiu-se nova substituição de baixista, com Rodrigo Santos a tomar o posto de Dadi. Em 1992, com mais de uma década de estrada e palcos, os Barão Vermelho são considerados, pela segunda vez, o melhor coletivo do Hollywood Rock. Repetem também o prémio Sharp.
Com uma reputação especial no seio do rock brasileiro e beneficiando de um estatuto ímpar, os Barão Vermelho mantiveram, nos anos seguintes, uma intensa atividade de palco, alargando consideravelmente a sua base de admiradores. Cientes disso, decidiram, em 1999, mostrar uma nova face, publicando um disco acústico, gravado ao vivo com a chancela MTV, revisitando alguns dos melhores produtos do seu percurso, com novos arranjos. O conceito, já utilizado por alguns intérpretes brasileiros, daria outra dimensão à música dos Barão Vermelho. Regressando ao formato tradicional, voltariam a brilhar no Rock in Rio de 2001. Depois dessa prestação, optariam por uma pausa temporária, de molde a permitir o desenvolvimento dos projetos paralelos dos elementos da banda. No regresso, muito esperado, em 2004, os Barão Vermelho retomaram as fórmulas mais cruas do início de carreira, no último trabalho do malogrado produtor Tom Capone com a banda. Em agosto de 2005, de novo com o selo MTV, gravariam o primeiro DVD ao vivo, no palco carioca do Circo Voador. No ano seguinte, integrariam o programa do prestigiado festival Fest Rock, tocando para mais de vinte mil pessoas.
Tim Maia
Tim Maia (1942-1998) foi um cantor e compositor brasileiro que fez sucesso com canções que representam o melhor do pop nacional, entre elas, “Azul da Cor do Mar”, “Primavera”, “Me dê Motivo”, “Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar”, “Gostava Tanto de Você” e “Sossego”.
Tim Maia (1942-1998), nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia, nasceu no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, no dia 28 de setembro de 1942. Caçula de doze irmãos, quando criança, ajudava a família entregando marmitas. Com oito anos cantava no coral da Igreja. Em 1957 criou o grupo “The Sputniks”, formado por Roberto Carlos e outros cantores.
Em 1959, foi tentar a sorte nos Estados Unidos. Ficou hospedado, em Tarrytows, na casa de uma família que conhecera no Brasil. A cidade, a 40 km de Nova York, tinha pouco mais de 11 mil habitantes e abrigava a efervescência do jazz e da música negra. Nessa sua turnê americana, Sebastião era chamado de “Jim”, porque os americanos não conseguiam pronunciar “Tião”, seu apelido da juventude.
No início, integrou uma banda de Twist, depois foi convidado pelo músico americano Roger Bruno, para se juntar ao “Ideals”. Tim ficou responsável pela harmonia e pela guitarra. A banda lançou um único disco, com as músicas “New Love” (parceria de Tim com Roger) e Go Ahead and Cry. Rebelde, Tim Maia passou a praticar pequenas transgressões: pulava a catraca do trem e furtava comida no supermercado. No fim de 1963, foi preso por roubo e porte de droga. Passou seis meses na prisão e em 1964 foi deportado do país.
De volta ao Brasil, Tim Maia conjugou tudo o que aprendeu da música negra americana, com ritmos brasileiros como samba e baião. Produziu o disco “A Onda é o Boogaloo” de Eduardo Araújo. Teve composições gravadas por Roberto Carlos (Não Vou Ficar) e Erasmo Carlos (Não Quero Nem Saber). Começou a se apresentar em programas de rádio e TV.
Em 1970, gravou seu primeiro LP, “Tim Maia”, que fez sucesso com as músicas “Azul da Cor do Mar”, “Coronel Antônio Bento”, “Primavera” e “Eu Amo Você”. Em 1971, lançou “Tim Maia”, que fez sucesso com “Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar”, uma canção dançante de sua autoria, “Não Vou Ficar” e “Preciso Aprender a Ser Só”. Em 1975, lançou “Rational Culture”, que fez parte da fase mística do cantor, quando ele se filiou à seita, Universo em Desencanto.
Com histórico de atritos com as gravadoras, foi um dos primeiros artistas a lançar seu próprio selo “Seroma”, que depois virou a gravadora “Vitória Régia”. Com ela lançou “Que Beleza”, “Descobridor dos Sete Mares”, “Me Dê Motivo” etc.
Com seu comportamento polêmico, faltou a shows e entrevistas e se queixava do sistema de som dos locais em que se apresentava. Os pedidos de “mais grave, mais agudo, mais retorno” viraram rotina, pois ele repetia em todas as apresentações. Envolvido com álcool e drogas, vivia com a saúde debilitada. Durante uma apresentação, no dia 8 de março de 1998, no Teatro Municipal de Niterói, passando mal, retirou-se do palco e foi levado para o hospital.
Tim Maia faleceu em Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 15 de março de 1998.