Coronel David diz que invasão tem digitais criminosas dos sem-terra

O deputado estadual Coronel David (PL) disse ao Correio do Estado que a invasão da Fazenda Santa Eliza, que pertence à família da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e está localizada no município de Terenos (MS), tem “digitais da criminosa ação de aparelhamento engendrada pelo governo Lula de lideranças ligadas ao MST {Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra} na direção dos Incras {Institutos Nacionais de Colonização e Reforma Agrária} nos estados”. 

“É o incentivo dissimulado para as invasões. Ao invadir terras produtivas cai por terra as alegações mentirosas do MST de estar lutando pela reforma agrária e que só invadem terras improdutivas. Mentirosos e criminosos. Para isso, só tem uma solução: cadeia”, afirmou o Coronel David.

Entenda o caso

A Fazenda Santa Eliza foi invadida por sem-terra na manhã deste domingo, conforme informam advogados e familiares da senadora Tereza Cristina. A propriedade, de aproximadamente 1,3 mil hectares, no município de Terenos, a 16 quilômetros de Campo Grande, está ocupada pelos sem-terra desde a madrugada de hoje, sendo que eles inclusive já montaram um acampamento no local.

Conforme o advogado da família da senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brenner Lucas Dietrich Espíndola, o grupo que invadiu a fazenda diz ser do Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “Eles adentraram à área de reserva legal da propriedade e lá fincaram uma bandeira do MST”, conta o advogado. “Estamos desde a manhã desta segunda nesta envolvidos nisso”, admitiu. 

Ainda segundo Brenner Espíndola, a fazenda de 1,3 mil hectares é “extremamente produtiva”. Nela há uma área de confinamento arrendada para o Grupo JBS e também outras áreas arrendadas para produtores rurais de Mato Grosso do Sul, como por exemplo para a família Schlatter, de Chapadão do Sul, entre outros produtores. 

O Correio do Estado apurou que o governador Eduardo Riedel (PSDB) já foi informado da ocupação. Equipes da Polícia Militar e da Polícia Militar Ambiental já estão no local. Uma mulher que participa da ocupação teria sido detida para prestar esclarecimentos. 

Ainda não há a confirmação se o motivo seria esbulho possessório (quando se tenta invadir uma propriedade privada) ou por crime ambiental (há relatos que os sem-terra tiraram parte da reserva para montar o acampamento). O MST foi procurado pelo Correio do Estado, mas não retornou o contato até a publicação da reportagem.

Matéria retirada do site Correio do Estado

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