Autópsia em corpo de menina morta na fronteira indica abuso sexual, segundo médico legista

O exame feito no corpo da menina Luz Maida, de três, que foi deixada pela própria mãe em uma ‘boca de fumo’ em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Pedro Juan Caballero, comprova que a criança sofreu abuso sexual. A Informação é do médico legista Pablo Lemir.

O exame foi feito em Assunção neste domingo (23). Logo após a autópsia o corpo foi transferido para Pedro Juan Caballero e está sendo velado na capela Santo Antônio de Pádua.

“Por outro lado, quando estamos falando de uma menina de 3 anos, estamos falando de uma vida truncada, uma potencialidade truncada, uma história truncada”, disse o legista em à mídia paraguaia.

Ainda segundo o legista, para saber se a menina foi submetida antes ou depois da sua morte, foram enviadas amostras de tecido para a respetiva análise, que consiste num estudo toxicológico e patológico.

Ameaça de linchamento

Mais de 300 moradores do bairro Romero Cué, em Pedro Juan Caballero, cidade localizada na fronteira com Ponta Porã, invadiram a residência onde funcionava a ‘boca de fumo’ e colocaram fogo no local. Os vizinhos estão revoltados com a morte brutal da menina Luz Maida.

Investigações da Polícia Nacional aponta que a criança de apenas três anos de idade foi deixada no local pela própria mãe em troca de 30 doses de crack na última sexta-feira e encontrada morta no sábado (22) em uma casa abandonada.

O corpo da menina foi levado para a Assunção, onde passou por perícias. Há suspeitas de que Luz Maida, tenha sido abusada sexualmente. Os requintes de crueldade que envolvem o crime, aumentaram o clima de tensão entre os vizinhos e a dono da ‘boca’, que ameaçam fazer um linchamento da envolvida.

Neste domingo (23) o promotor de Justiça José Luis Torres, nomeado para trabalhar no caso, indiciou a mãe da menina e um adolescente de 17 anos, que estariam diretamente ligados ao crime. Segundo ele, fortes indícios que

30 doses de crack

Fontes do Ministério Público do Paraguai apontam que há evidências de que a menina foi dada pela mãe ao adolescente em troca de drogas. Trinta doses de crack, no valor de G. 100 mil, foi o que a mãe viciada teria recebido por ter desistido da filha.

Ao Jornal Midiamax uma das autoridades policiais em Ponta Porã, que acompanha o caso, disse que a família possui um “histórico de tragédias” e que a mãe estava sob efeito de drogas e se manteve “fria”, enquanto ocorriam as buscas pela menina. A região onde a menina morava é de extrema pobreza.

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