A aeronave que pertencia ao suplente de deputado Carlos Rubén Sánchez, ‘Chicharô’, deve ser disponibilizada para leilão no Paraguai nos próximos dias. Ela estava sob a reponsabilidade de uma empresa que administra um hangar particular e foi entregue à Senabico (Secretaria Nacional de Bens Apreendidos e Perdidos).
O avião com matrícula ZP-TSI, até 2004 pertenceu à Associação Nacional Republicana (ANR), e que em 2004, durante a presidência de Nicanor Duarte Frutos, foi vendido. Posteriormente, em 2015, foi apreendido na Operação Antidrogas comandada pelo procurador Marcelo Pecci e estava armazenado em Luque.
O pedido foi feito através dos advogados Adolfo Ferreiro e Luis Esteban Palau, que representam a empresa que tem hangares privados na propriedade do Aeroporto de Luque. Segundo eles, Pecci havia ordenado que o avião Cessna, modelo 210N, de propriedade de Carlos Rubén Sánchez ficasse no local.
Eles indicam que, na época, o promotor Marcelo Pecci havia ordenado que o avião Cessna, modelo 210N, com matrícula ZP-TSI, ano 1980, de propriedade de Carlos Rubén Sánchez, fosse depositado no hangar.
No entanto, após o assassinato de Carlos Rubén Sánchez, em 7 de agosto de 2021, em Pedro Juan Caballero, em setembro do ano seguinte, foi admitido o julgamento pelo confisco autônomo dos bens de ‘Chicharô’ e a aeronave tinha ficado de fora.
Relembre o caso
O assassinato do suplente de deputado Carlos Rubén Sánchez, de 44 anos, também conhecido como ‘Chicharô’, aconteceu no dia 7 de agosto de 2021, em Pedro Juan Caballero, dentro da sua propriedade.
Segundo investigações da época, a execução de ‘Chicharô’ ocorreu no marco de uma longa guerra desencadeada entre facções mafiosas que disputam o controle do narcotráfico em cidades paraguaias que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul. Há rumores de que a cabeça de do político teria sido encomendada por US$ 1 milhão de dólares.
Carlos Rubén Sánchez Garcete foi fuzilado com centenas de tiros. A execução do político aconteceu em virtude de uma traição orquestrada por uma pessoa que estaria participando de uma festa iniciada na noite do dia 6 de agosto, uma sexta-feira.
Na linha investigativa que está sendo tomada pela polícia paraguaia, os pistoleiros que atacaram a propriedade fortificada de ‘Chicharô’, sabiam o momento exato e o local onde seus três guardas civis deveriam estar. O esconderijo onde o político se refugiou nos últimos tempos está localizado na esquina das ruas Aquidabán e Mariscal López no bairro Mariscal Estigarribia da capital Amambay.
O local possuía um muro de cerca de 3 metros e meio de altura, além de uma cerca eletrificada, a porta de entrada tinha grelha e dupla blindagem com chapa de aço. A entrada do imóvel, era totalmente monitorada por câmeras de TV com dois portões aéreos à prova de balas e com um espaço de 20 metros entre um e o outro.
Fonte: Mídiamax