Após a morte do deputado estadual Amarildo Cruz (PT), que aconteceu na última sexta-feira (17), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aguarda o atestado de óbito para convocar a suplente, Gleice Jane (PT), para tomar posse.
Segundo o presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP), apenas após o recebimento do atestado de óbito será declarada a vacância do cargo.
“O artigo 80 do regimento interno trata de vacância no caso de morte ou de renúncia. A declaração do falecimento acontece com o atestado de óbito. Para fazer qualquer convocação, primeiro o procedimento é ter o atestado de óbito, declaração de vacância e aí sim a convocação”, explicou.
A expectativa é que o atestado seja entregue ainda hoje na Assembleia Legislativa.
Após a convocação, a suplente tem o prazo de 30 dias para tomar posse, podendo solicitar a prorrogação de prazo por mais 15 dias.
Suplente
Em entrevista ao Correio do Estado, a 1ª suplente de deputada estadual do PT, professora Gleice Jane Barbosa, afirmou que ainda vive o processo de luto pela perda do companheiro Amarildo e que se recupera de um problema de saúde.
Ela foi diagnosticada com a síndrome de Guillain Barré, um distúrbio autoimune no qual o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.
A professora afirmou, no entanto, que está preparada para assumir o cargo de deputada estadual quando for convocada.
Gleice Jane é professora, sindicalista, feminista e será a primeira mulher do PT a assumir uma cadeira de deputada estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).
Ela iniciou sua militância no movimento estudantil em 2003, quando foi a primeira mulher a presidir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na gestão 2003/2004.
Nesse mesmo período, foi diretora da União Estadual dos Estudantes de Mato Grosso do Sul (UEE/MS) e presidiu o maior sindicato de educação do município de Dourados.
Morte de Amarildo Cruz
O deputado estadual Amarildo Cruz morreu na última sexta-feira (17), dois dias depois de ser internado no Hospital Proncor, em Campo Grande.
Ele foi internado com uma pneumonia, que deu origem a uma infecção pulmonar generalizada. A causa ainda é um mistério.
O quadro se agravou rapidamente, tendo sido o deputado intubado e precisando de diálise após falha nos rins. Ele teve três paradas cardíacas, sendo a última fatal.
Formado em Direito, Amarildo Cruz era Fiscal Tributário Estadual desde a década de 80 e cumpria seu quinto mandato na Assembleia Legislativa.
Em três oportunidades conquistou voto entre os 24 aprovados na eleição. Em outras duas disputas ficou na suplência e acabou assumindo a cadeira no meio do mandato.
Em maio de 2021, assumiu vaga depois da morte do deputado Cabo Almi, outro petista que morreu vítima de Covid.