O apresentador do capital meio dia, Alípio Neto noticiou em primeira mão, nesta segunda-feira (27), que o governador do estado ofereceu toda estrutura estadual para corrigir os danos das fortes chuvas em Campo Grande.
Veja o vídeo abaixo:
Relembre as fortes chuvas na capital:
Regiões de Campo Grande sofreram duramente com as chuvas que caírem neste domingo (26), na Capital, com ruas completamente alagadas e até mesmo crateras abertas de fora a fora na via, que acabou engolindo um carro.
Conforme o meteorologista Natalio Abraão, a região do Guaicurus, dos bairros Universitário e Alves Pereira foi a que registrou um volume mais intenso de chuva, que chegou aos 95,0 mm, entre às 20h e 07h desta segunda-feira (27).
Enquanto esse ponto foi castigado pelas fortes chuvas, locais como o o Jardim Panamá e a região do Shopping Campo Grande e Carandá Bosque viram pouca chuva cair, sendo 22,6 mm e 09,6 mm respectivamente.
No Jardim Aero Rancho, imagens gravadas pela população mostram que a rua “virou um rio”, sem sequer um trecho seco. Situação que se repetiu na região do Tiradentes, uma das que mais sofreu, onde apenas sobraram as calçadas e localidades mais altas.
Já na entrada da Comunidade Quilombola Tia Eva, na entrada para a Vila Jardim Botafogo, alguns carros se arriscavam a passar pela água, que no início da tarde já cobria as rodas dos veículos, o mesmo da Av. Dom Antônio Barbosa.
Na Av. Guaicurus, carros ficaram parados num trecho da via, enquanto outros se arriscavam pela contramão, também tomada pela água, apenas para seguir trajeto.
No bairro Alves Pereira, um trecho da rua Rivaldi Albert cedeu, local onde se abriu uma cratera de fora a fora, justamente em trecho da ponte sobre o Córrego Bálsamo.
Natálio Abraão aponta que essa temporada de chuvas “fora do comum” trata-se de uma transição do fenômeno La Niña para uma condição de neutralidade.
Ele afirma que a umidade encontrada na Amazônia está muito elevada e canalizada para duas regiões, o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
“Além disso os volumes estão potencializados, trazendo números que não são comuns e normais, isso tudo só terá resposta com novos estudos sobre o regime das chuvas no país”, complementa o meteorologista.
Diante disso, o agente da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Mato Grosso do Sul (Cedec-MS), Renan Arruda, orienta que, caso a população esteja no trânsito, é primordial não tentar passar pelos alagamentos, estimando uma segurança para transitar pelo limite da altura do meio-fio.
“Por mais que no nosso consciente coletivo, muitas vezes pensamos, ‘eu já passei por área alagada, conheço essa localização, sei que o meu carro passa aqui’. Mas muitas vezes podemos ser surpreendidos com bueiros abertos, com com buracos, causados além daquele momento e que estão encobertos devido às águas”, cita ele como um dos problemas encontrados nessa situação.