O brilhante economista Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia em 2008 e autor de diversos livros na área, criticou fortemente a ideia do ex-presidiário Lula (PT), agora presidente do Brasil, de criar uma moeda única para o Mercosul, envolvendo países em situação crítica.
“Não sei quem teve essa ideia, mas certamente não foi alguém que soubesse alguma coisa sobre economia monetária internacional”, disparou logo no início o colunista do The New York Times.
O norte-americano explicou que uma moeda em comum para os países que a integram só seria possível e benéfica para todos os lados, se as nações fossem realmente grandes parceiros comerciais e se as economias fossem parecidas; o que não é o caso do Mercosul.
“Uma moeda compartilhada pode fazer sentido entre economias que são os principais parceiros comerciais um do outro e são semelhantes o suficiente para que não enfrentem grandes choques assimétricos”, esclareceu.
Citando as diferenças colossais entre o Brasil e a Argentina, cuja inflação de “los hermanos” beira os 100%, Krugman disse que a moeda única pode prejudicar o Brasil
Ignorando as previsões de especialistas renomados na área, porém, Lula continua com a meta de criar a moeda e, entre os beneficiados, estarão Cuba, Venezuela e Argentina. O México, de Andrés Manuel Obrador, teve mais juízo e rejeitou a parceria.
JCO