Despedida em velório é marcada por comoção e pedido de Justiça
A barbaridade que chocou Campo Grande ainda eleva a incredulidade da própria família da pequena menina de 2 anos que foi brutalmente assassinada e abusada sexualmente pelo padrasto, omitida pela mãe. Na manhã deste sábado (28), a família se despediu da criança.
O avô, de 45 anos, se espanta com a brutalidade que a neta foi morta. “Passei a mão na cabecinha dela e o crânio está quebrado, as costelas dela quebradas. É um luto duplo, porque não tenho mais filha, minha filha morreu para mim. O que ela fez não tem perdão. Estamos sem acreditar até agora”, disse.
O pai da menina está desolado. Ao lado do caixão, faltaram palavras e apenas o choro de dor é expressado. Ele havia registrado o primeiro boletim de ocorrência por maus-tratos, no dia 31 de dezembro de 2021, na DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). Nele, o pai narra que foi casado com a mãe da criança por 3 anos, e que após a separação tinha direito a visitas livres, e toda vez que ia buscar a filha, a criança estava com hematomas.
Amigos da família e colegas de trabalho prestaram solidariedade. Uma conhecida da família, de 50 anos, conta que ainda não consegue acreditar na crueldade que a criança sofreu. “Ela era inocente, mal sabia falar”.
O sentimento que paira sobre todos no local é o pedido de justiça, pois o caso da menina chegou até o conhecimento do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), mas o órgão arquivou caso um ano antes do crime acontecer. Assim, a denúncia sequer chegou ao Judiciário. Mãe e padrasto da vítima, agora presos suspeitos pelo crime, se livraram um ano atrás com um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), utilizado para crimes de menor potencial ofensivo.
Midiamax